De passagem pelo Rio de Janeiro, para uma parceria com a nova contratada da MK Music, Bekah Costa, a cantora Daniela Araújo falou sobre a nova fase de sua carreira. Com o single Mi Jesús, ao lado de Evan Craft, ela se lança de vez no mercado da música cristã na América Latina.
No bate-papo, a artista abriu o coração e falou sobre assuntos como amadurecimento e depressão. Confira , abaixo, o que Daniela falou sobre sua vida e trabalho.
Como surgiu esse novo projeto ao lado de Evan Craft? Com quem mais pensa em fazer parceria?
Foi interessante. Deus age de forma muito diferente comigo. Alguém me mandou, por direct o perfil dele. Ele me seguia e passei a segui-lo também. Na época, vi que ele estava em Machu Picchu e arrisquei uma mensagem de que já estive lá. Ele respondeu, falando que admira meu trabalho e a música do Brasil. Ele me chamou para fazer uma colaboração e me pediu para avisar quando eu estivesse gravando em espanhol. Na verdade, eu já estava, então enviei algumas músicas e ele escolheu Mi Jesús. Eu fui à Expolit, em Miami, e lá nos Estados Unidos gravamos em um estúdio a canção e depois o clipe. A gente se esforçou demais e em poucos dias a canção já teve mais de meio milhão de visualizações. No Brasil, já fiz trabalhos muito legais com Fernanda Brum e Davi Sacer, entre outros. Eu penso na Bruna Karla, que me encanta não só pelo trabalho, mas pelo jeito de ser. Penso ainda na Aline Barros. São tantas pessoas que marcaram a minha vida, mas acredito que Deus está direcionando e fazendo tudo acontecer no tempo certo.
Pretende continuar investindo na carreira na América Latina?
Eu fui muito bem recebida na Colômbia por estar ao lado de uma pessoa tão respeitada como o Evan. Já tenho mais outras quatro colaborações para lançar, pois Deus abriu as portas. O próximo single é com Kike Pavón, da Espanha, e a Lizzy Parra, que é uma rapper da República Dominicana. Tem [projeto] também com o Indiomar e Musiko, para o cantor Gabriel. Estou muito feliz com os resultados. Incentivo todos os cantores brasileiros a expandirem o ministério porque é uma oportunidade de poder realmente falar e compartilhar tudo o que Deus está nos dando aqui no Brasil.
Essa nova fase internacional na carreira era um sonho?
Isso aí é Deus quem faz. E sempre sonhei com isso. Desde que eu comecei a cantar eu queria fazer algo pela America Latina porque ouço cantores em espanhol desde criança, como Marcos Witt, Jaci Velazquez, Jesús Adrián Romero e Ingrid Rosario. Mas em 2016 comecei a focar nessa ideia e Deus foi vendo o meu coração. Quando a gente se dedica, Deus vai abrindo portas. Quando é de Deus, as coisas fluem. E uma das coisas que me deixou mais feliz nesse novo trabalho é que eu precisava de um renovo. Depois de tudo que eu passei, eu precisava de um renovo de Deus para trabalhar com algo diferente e Deus foi conduzindo para que fosse agora. Por isso, estou muito feliz.

O que tem aprendido nesse tempo de sua vida?
Deus está me mostrando que o mundo é muito grande e a gente, às vezes, fica fechado nos nossos problemas. E naquele círculo você não vê que Deus tem um leque de possibilidade para nós. Muitas vezes, nós é que não nos abrimos ao novo de Deus. E não adianta a gente passar por uma transformação um renovo e querer continuar trabalhando da mesma maneira de antes. A gente precisa acompanhar o novo processo, e isso requer também escolhas difíceis. Por exemplo, para mim foi difícil entender que esse não era o momento de fazer algumas coisas no Brasil, e não por causa do meu público, mas por mim e pelo que Deus estava querendo trabalhar em mim. O meu público aqui no Brasil é maravilhoso e eu sei que quando eu lançar meu trabalho, Catarse, vai ser uma bênção, pois vai ser uma semente espiritual.
Como foi o período de transformação?
Eu lutei muito para voltar à minha essência, para voltar a fazer música sem me importar primeiramente com o mercado, com a demanda e com o que as pessoas gostam. Então, foi muito desafiador para mim fazer esse regresso e só agora que eu me encontrei é que estou me sentindo preparada para compartilhar com as pessoas as sementes que eu quero jogar no Brasil.
Como é ser inspiração para tanta gente?
Uma honra, mas na verdade o que a gente precisa fazer é se parecer com Jesus, pois Ele é santo e também humano. E essa parte humana Dele nos enobrece porque a gente é ser humano. E quando a gente olha para o ser humano que Jesus foi, a gente percebe que é isso que o mundo precisa mesmo, sem demagogias e sem apelação. Eu acredito que é isso que os jovens procuram: pessoas reais, que têm também problemas, mas que passam por esses problemas de uma forma diferente, sorrindo, superando, entendendo que tudo passa, de uma forma leve. E é isso que inspira as pessoas.
E quem te inspira?
Quem me inspira são pessoas reais e é isso que que eu quero fazer quando alguém se espelha em mim. Não quero que as pessoas tenham uma imagem de algo irreal, ilusório. Eu quero que elas realmente entendam que nós somos todos iguais: ser humanos com problemas. Mas podemos passar pelos problemas agradecendo a Deus, acreditando que tudo tem um propósito.

*Fonte: Pleno News.