Apesar do aumento de transplantes, números estão longe do necessário, diz Professor Carlão

Com foco na discussão a respeito da leucemia e a importância da doação de medula óssea, a campanha Fevereiro Laranja segue a crescente dos índices de transplantes de órgãos realizados no Brasil para conscientizar sobre a importância das doações. 

Em 2023 o Brasil registrou um aumento histórico no número de transplantes realizados. Segundo o Ministério da Saúde, de janeiro a setembro foram realizadas 6.766 operações, o melhor número em dez anos. O número de doadores também apresentou evolução, foram 3060 em 2023 enquanto 2022 apresentou 2604.

Para o fundador e presidente do Instituto Sangue Bom, Professor Carlos Alberto Rezende, o aumento é natural após a pandemia de Covid-19. Em entrevista ao Jornal da Hora desta quinta-feira (01) ele declarou que apesar do aumento de transplantes e de doadores os números ainda precisam melhorar.

“Ano passado foi muito positivo não só para o transplante em Mato Grosso do Sul, mas para o Brasil. Houve um aumento do número de transplantes realizados no país e aqui também. É uma crescente natural pós-pandemia onde existiam muitos procedimentos represados que voltam a ser realizados, mas ainda estamos longe do que pode ser chamado de normal e do que é minimamente necessário para nossa melhoria”, destacou.

Apesar do aumento no número de doações, mais de 40 mil pacientes aguardam por transplantes no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde. Ainda conforme o Ministério, 92% aguardam por transplantes de rim.

Em 2023, o Instituto realizou 612 ações de conscientização. Em 2024, mesmo com a baixa do número de doadores, o projeto ultrapassou 80 ações. Conforme o professor, durante o Fevereiro Laranja serão realizados atos em comércios, empresas e nos veículos midiáticos.

Para o presidente do instituto, além das ações durante a campanha, é necessário falar sobre o tema durante todo o ano. “A gente foca nas empresas, nos comércios e nos veículos de comunicação para que a gente possa levar informação sobre a conscientização, mas seria  muito mais importante que a conscientização fosse debatida o ano todo”.

Foto e texto por Reuel Oliveira

Assista a entrevista na integra