Após salto em junho, produção industrial cai 1,4% em julho, mas segue azul no ano

A produção industrial brasileira registrou queda de 1,4% em julho na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. A perda de ritmo acontece após o avanço de 4,3% verificado em junho.

Já na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção subiu 6,1%.

As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de queda de 0,9% na variação mensal e de alta de 6,3% na base anual.

Mesmo com o recuo em julho, o setor industrial registrou crescimento de 3,2% nos sete primeiros meses de 2024. No acumulado em 12 meses, o avanço foi de 2,2% em julho, intensificando o ritmo de crescimento frente aos resultados de junho (1,5%) e de maio de 2024 (1,2%).

“Com esses resultados, a indústria se encontra 1,4% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 15,5% aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido em maio de 2011”, destacou o IBGE.

Maiores quedas

De junho para julho, duas das quatro grandes categorias econômicas e somente sete dos 25 ramos industriais pesquisados tiveram queda na produção. As principais influências negativas vieram de produtos alimentícios (-3,8%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%), indústrias extrativas (-2,4%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,2%).

“Grande parte do recuo registrado neste mês tem relação com o avanço expressivo visto no mês anterior, mas também se observa que importantes plantas industriais realizaram paralisações no seu processo produtivo. O resultado de julho caracteriza-se por ter poucas, porém atividades industriais com relativa importância na estrutura industrial, que mostraram queda na produção acima da média da indústria. Apesar disso, quando comparamos o patamar da indústria em julho deste ano com dezembro de 2023, o setor industrial está 1,2% acima, mostrando a permanência de uma trajetória ascendente”, avaliou André Macedo, gerente da PIM Brasil.

Foto: Reprodução Agência Brasil
Fonte: Isto é Dinheiro