Aposentados ganham força com decisão do STF sobre revisão dos cálculos da “vida toda”

Advogada trabalhista e previdenciária, Edna Contelli

O Jornal da Hora desta quinta-feira (24) entrevistou a advogada trabalhista e previdenciária, Edna Contelli, que comentou sobre a discussão do STF (Supremo Tribunal Federal) a respeito da revisão da “vida toda”, e alertou os produtores rurais sobre o excesso de informalidade na documentação, o que acaba dificultando a aposentadoria dos trabalhadores do campo.

Até a Emenda Constitucional 103/19, as aposentadorias eram calculadas pela média de 80% dos maiores salários a partir de julho de 1994. Porém, muitos trabalhadores exerceram atividades anteriores e contribuíram para a previdência antes de julho de 1994 e podem ter melhores remunerações, que foram desconsiderados neste caso. Agora, a tese está em questionar esse marco temporal fixado em julho de 1994.

Até a última atualização, a votação no STF estava empatada com cinco votos favoráveis e cinco contras. “A revisão da vida toda é uma matéria bastante polêmica porque vai impactar fortemente na questão financeira do país”, afirmou Edna Contelli.

Aposentadorias Rurais

Edna Contelli alertou os trabalhadores rurais sobre a necessidade de já irem buscando os documentos para realizar a aposentadoria e não deixar para última hora. Atualmente, essas aposentadorias ocorrem para as mulheres aos 55 anos, e para os homens aos 60 anos. 

“Para ter direito a essa aposentadoria, ele tem que comprovar 180 meses de carência, ou seja, 15 anos. E aí ele se depara com uma triste realidade, porque não guardou documentos, fez contrato de arrendamento mercantil mas não registrou, ou vacinou o gado e não guardou as notas”, afirmou.

Assista a entrevista na íntegra no link abaixo:

Texto: da redação com informações do site Extra Classe