Por Reuel Oliveira
.
Ouça a reportagem na íntegra
.
Foi assinado nesta quinta-feira (15) o termo de cooperação do Farmácia Viva. A assinatura ocorreu entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), para implementação do programa no estado.
As unidades das Farmácias Vivas são marcadas por realizarem cultivo, coleta, processamento, preparação e dispensação de produtos de plantas medicinais e fitoterápicas. A assinatura do termo ocorreu durante o VIII Meeting Nacional de Farmácia Clínica.
Durante a cerimônia, o Secretário de Saúde, Maurício Simões, explicou que o Farmácia Viva ampliará a oferta de medicamentos no MS.
Conforme ele, durante o desenvolvimento do programa, a biodiversidade do estado poderá ser utilizada na produção de medicamentos.
“A nossa região tem uma biodiversidade imensa, são inúmeras oportunidades. É lógico que o projeto vai começar pequeno e depois vai crescer. […] São medicamentos de eficácia e eficiência garantida e que passam a ser industrializados no nosso estado, e disponibilizados ao sistema único de saúde gratuitamente. Você amplia o universo terapêutico à disposição dos nossos cidadãos”. disse.
Em princípio, serão produzidos quatro medicamentos: Xarope de Guaco, Gel de Erva Baleeira, e duas drogas rasuradas de capim cidreira e de colônia. A coordenadora do projeto e farmacêutica da SES, Márcia Saldanha explicou que foram realizados estudos para a definição desses medicamentos.
“Por que nós escolhemos esses itens, primeiro, porque nós levamos em consideração o nosso clima, o solo, na nossa equipe, nós temos uma agrônoma, então nós chegamos até a estudar outras plantas, mas não se adaptam à nossa realidade aqui, e também nós fizemos todo um estudo do perfil epidemiológico das principais doenças que nos acometem”, destacou.
O programa deve atender a população residente próxima a Farmácia Escola da UFMS e atendidos nas Unidades de Atenção Primária à Saúde no entorno da universidade. São elas: UBS Dr. Jorge David Nasser, UBS Dona Neta, UBS da Vila Carlota e UBS Guanandi. O programa também alcançará pacientes ambulatoriais do Hospital Universitário
Inicialmente, a área experimental do projeto será dentro da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. A vice-reitora, Prof Dra Camila Celeste Brandão, explicou que estarão envolvidos no projeto, farmacêuticos, médicos, agrônomos e engenheiros ambientais.
Ao todo, serão investidos R$987.302,26 (quase um milhão de reais), repassados pela federação. Os medicamentos têm previsão de serem ofertados no meado de 2025.