Atividade industrial segue estável na maioria das empresas de Mato Grosso do Sul

No mês de junho, 54,2% das empresas industriais sul-mato-grossenses apresentaram estabilidade na produção, enquanto no mês anterior esse resultado era de 58,6%, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 72 empresas no período de 1º a 11 de julho. Já as empresas que apresentaram queda responderam por 32% do total, contra 18,6% no último levantamento, indicando uma piora no ritmo da atividade industrial na passagem entre os meses de maio e junho.

O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, explica que a capacidade ociosa da indústria estadual permanece elevada. “Em junho, a ociosidade média na indústria sul-mato-grossense ficou em 29%, contra 28% no mês anterior. Somado a isso, o índice de utilização fechou o mês em 42,3 pontos, sendo que resultados abaixo dos 50 pontos sinalizam que a utilização da capacidade instalada foi inferior ao que era esperado para o período”, detalhou.

Ele acrescenta que a Sondagem Industrial mostrou, ainda, que, em junho, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 40,3% dos respondentes, igual ao usual para 51,4% e acima para 6,9%. Já as condições financeiras apresentaram pequena melhora na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, mas ainda seguem longe do ideal. “De um modo geral, os empresários industriais de Mato Grosso do Sul mostraram-se insatisfeitos com a margem de lucro operacional de suas empresas no segundo trimestre de 2019, com o indicador alcançando 42,6 pontos”, informou.

Ezequiel Resende completa que comportamento semelhante foi verificado em relação às condições de acesso ao crédito e situação financeira geral da empresa, com os indicadores alcançando 42,2 e 47,5 pontos, respectivamente. “Em Mato Grosso do Sul, no segundo trimestre de 2019, 34,8% dos empresários industriais consideraram ruim a margem de lucro operacional obtida no período. Na mesma comparação, o acesso ao crédito foi considerado difícil por 20,9% dos empresários, enquanto 25% responderam não ter buscado crédito no trimestre”, explicou.

Já a situação financeira geral da empresa foi avaliada como ruim por 23,6% dos participantes e, por fim, 37,5% responderam que houve aumento dos preços das matérias-primas utilizadas. A Sondagem Industrial também apontou que as principais dificuldades enfrentadas pelos industriais de Mato Grosso do Sul no 2º trimestre de 2019 foram a elevada carga tributária, demanda interna insuficiente, falta ou alto custo da matéria prima, falta ou alto custo de energia, competição desleal, falta de capital de giro e burocracia excessiva.