Operações policiais no trânsito de Campo Grande tiveram um crescimento de 130% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2022, e número de mortes teve queda
O trabalho de fiscalização em pontos de grande fluxo de veículos de Campo Grande colaborou para uma redução de 39% no número de acidentes com mortes na Capital.
Neste ano, de janeiro até junho, já foram realizadas 180 operações policiais de trânsito comandadas pelo Batalhão da Polícia Militar de Trânsito (BPMTran).
No mesmo período do ano passado, foram feitas 78 operações do BPMTran nas principais ruas de Campo Grande, onde, segundo o batalhão, há maior número de registros de acidentes.
Nas fiscalizações deste ano, foram abordadas 13.293 pessoas para averiguação de possíveis irregularidades. No ano passado, a fiscalização parou 11.499 motoristas, aumento de 15% no número de condutores parados em blitze.
As estatísticas que mostram o aumento na fiscalização de trânsito podem ser um dos principais fatores para a diminuição do número de acidentes com mortes em Campo Grande.
De acordo com os dados do Batalhão de Trânsito, no primeiro semestre do ano (de janeiro até junho), foram registradas 28 vítimas de acidentes fatais na Capital.
No ano passado, no mesmo período, o número de vítimas de acidentes chegou a 46, representando uma diminuição de 39% dos casos fatais.
Para a subcomandante do BPMTran, major Gabriella Fernandes, o aumento da fiscalização do batalhão por meio de blitze ajudou na diminuição do número de vítimas nos sinistros.
“O trabalho de fiscalização contribuiu para a diminuição no número de acidentes fatais. Nós organizamos o planejamento das fiscalizações com base nas estatísticas que temos, nos locais onde ocorrem mais acidentes, vias, horários, etc.”, disse a major.
Com o grande número de blitze e de operações policiais de trânsito, a major Gabriella informou como o BPMTran vem atuando no planejamento técnico das fiscalizações pelas ruas da cidade.
“O batalhão atua por meio de planejamento nas ruas com maiores índices de acidentes, fazendo operações de blitze para tentar coibir as infrações e para preservar vidas de uma forma geral”, explicou.
Mesmo apresentando uma diminuição significativa no número de vítimas em sinistros, conforme informado pelo BPMTran, houve, no período de janeiro a junho, um aumento de 8% no número de acidentes em Campo Grande.
No ano passado, a corporação registrou 5.347 acidentes no primeiro semestre, e este ano foram 5.808.
TESTE DO BAFÔMETRO
Desse universo de 5.808 acidentes, o Batalhão de Trânsito identificou que 119 condutores estavam sob efeito do álcool enquanto dirigiam.
O número é superior ao registrado no primeiro semestre do ano passado, quando 114 sinistros foram causados por motoristas que dirigiam embriagados.
Uma das principais ações para coibir acidentes e o descumprimento das leis de trânsito é a realização do teste do bafômetro, por meio de blitze nas avenidas e nas ruas da cidade.
Nessas fiscalizações, 104 condutores se recusaram a realizar o teste do bafômetro nos seis primeiros meses do ano. O valor teve uma ligeira elevação se comparado com o mesmo período de 2022, quando 101 pessoas se recusaram a realizar o teste.
Conforme informado nas fiscalizações do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS), em todo o Estado, o total de recusas ao teste do etilômetro (aparelho que mede a concentração de álcool etílico), de janeiro a junho deste ano, foi de 715, valor bem menor do que no ano passado.
Em comparação com o mesmo período, a recusa à aplicação do teste em 2022 foi de 1.141 pessoas, ou seja, houve uma diminuição de 37%.
Durante as abordagens, o Detran-MS constatou 849 casos de embriaguez ao volante neste ano em todo o Estado, número também menor que o do ano passado, quando 881 condutores foram flagrados nessa situação.
CNH
A condução de veículo por motorista alcoolizado é um dos fatores que contribuem para acidentes, segundo a chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Ivanise Rotta.
Outro fator que contribui para essa estatística é a falta da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). De acordo com matéria publicada na segunda-feira (10) pelo Correio do Estado, em Campo Grande, cerca de 40% dos motociclistas que trafegam pela cidade não têm o documento ou estão com alguma irregularidade.
Esse fator contribuiu também para outra estatística apontada pelo jornal: de quatro mortes que ocorreram de 29 de junho a 5 de julho envolvendo motociclistas, apenas um dos condutores era devidamente habilitado e tinha o veículo com a documentação em dia.
Fonte: Correio do Estado