Texto por Reuel Oliveira
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Medalhista de ouro nos 1500 metros e 5000 metros nas Paralimpíadas de Tóquio 2020, e campeão mundial dos 5000 metros, detentor do recorde mundial nos 1500 metros e 5000 metros, o corredor Yeltsin Jacques não cansa de ser campeão.
O atleta campo-grandense se consagrou bicampeão paralímpico e chegou a marca de quatro medalhas paralímpicas, em Paris 2024, ao vencer a prova de 1500 metros e ser bronze nos 5000 metros.
Mesmo campeão, o atleta segue se superando. Em entrevista ao Jornal da Hora desta terça-feira (24), Yeltsin contou que teve uma virose antes de embarcar para Paris, e a recuperação ocorreu na França.
“Eu tive aquela virose que estava dando geral aqui em Campo Grande, aí fiquei cinco dias ruim. Perdi muito peso, muita massa, fiquei fraco, perdi muito treino e muita qualidade, mas pensei ‘eu tenho que tentar arriscar o que der’. Então nós fomos para Troyes e lá eu comecei a encaixar”, disse.
Além da conquista do ouro, Yeltsin também quebrou o recorde mundial dos 1500 metros, que já era dele. O atleta terminou a corrida com 3min55s82, melhor tempo em relação aos 3min57s60 conquistados em Tóquio-2020.
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Valorização
Durante a entrevista, o atleta-guia que corre com Yeltsin, Guilherme Santos, falou que o esporte paralímpico tem passado por uma transformação. Conforme ele, Mato Grosso do Sul foi o primeiro estado a ofertar a bolsa atleta à atletas-guia.
“A bolsa que o governo federal deu, a Bolsa Pódio para o guia, antigamente não tinha, começou ano passado. Começou por causa do Mato Grosso do Sul, que foi o primeiro estado a dar a bolsa para o atleta e para o guia, e isso também foi para o governo federal. A manutenção está cada vez melhor. Nós estamos crescendo, nós estamos numa crescente”.
Próximas etapas
Apesar das recentes conquistas, Yeltsin e Guilherme já estão focados para o Campeonato Mundial de Atletismo de 2025. Os atletas começam a preparação em outubro, com treinamentos na Bolívia, focados em fazer história novamente.