Após um ano de adaptação perante um cenário atípico provocado pela pandemia do novo coronavírus, comerciantes e lojistas se preparam para a Black Friday, celebrada anualmente no dia 27 de novembro. A equipe do jornal O Estado constatou que, para alguns, o momento será marcado pela alta nas vendas online; para outros, representará negócios mais tímidos, em razão da necessidade de manter estoques para o Natal.

Um levantamento realizado pela CDL-CG (Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande) constatou que somente 33,7% dos empresários pretendem participar da ação de vendas. Do total apurado, 29% declarou que talvez participe, ao passo que 37,2% afirmaram que não participarão. Questionados sobre os estoques, os lojistas afirmam, de acordo com a pesquisa, que pelo menos 38% estão com quantidades consideradas normais, 28% alto e 34% baixo.

Para o presidente da CDL- -CG, Adelaido Vila, a preocupação em manter os estoques para o Natal, que é um período de grande expectativa de vendas, fez com que, neste ano, principalmente os pequenos empresários optassem por manter os preços e segurar os produtos, para a venda no Natal.

“Em setembro fizemos a campanha do Promogrande, em que aqueles estoques que precisavam ser vendidos, parte foram queimados. Hoje, principalemnte as lojas de rua, o foco está nas vendas do Natal. A preocupação do setor é que se agora baixam os preços na Black, talvez não consigam repor os estoques para a venda do natal”, destacou.

Conforme informações repassadas por Daniela Teixeira Dias, economista do IPF-MS (Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS), a preocupação com os estoques neste ano foi agravada com a pandemia. Mesmo assim, ela afirma que a expectativa principalmente com as vendas on-line é de crescimento, uma vez que os consumidores estão se adaptando a uma nova modalidade de compras, pela internet.

(Texto: Michelly Perez)

• fonte: O Estado Online