Brasil intensifica ofensiva por cotas para aço e alumínio aos EUA

Casa Branca impôs tarifa de 25% aos dois produtos; Itamaraty fez reunião com governo americano para negociar exceção e não descarta envio de comitiva a Washington

Foto: Marcelo Camargo | Andrew Harnik

Com o últimos recuos de Donald Trump, o Brasil intensificou ofensiva para a criação de cotas para as exportações de aço e alumínio aos Estados Unidos, em uma tentativa de escapar das tarifas de 25% sobre os dois produtos.

Na última quinta-feira (10), uma videoconferência foi promovida pelo Itamaraty com o governo americano.

Novas rodadas são esperadas para as próximas semanas, com a possibilidade, inclusive, de uma comitiva técnica viajar aos Estados Unidos.

O esforço tem sido o de aproveitar os últimos recuos dos Estados Unidos para avançar com as cotas comerciais. No caso do aço e do alumínio, porém, as tarifas de 25% anunciadas pela Casa Branca continuam válidas.

Em outra frente, o governo brasileiro iniciou diálogo com China e União Europeia com o objetivo de aumentar a exportação agrícola.

O assunto deve ser uma das principais propostas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levará em viagens, no primeiro semestre, para a China e para a França.

Desde a semana passada, com uma nova taxação aos Estados Unidos, a China passou a buscar parceiros comerciais, como o Brasil, para substituir produtos americanos.

O governo brasileiro vislumbra a oportunidade de elevar de 75% para 80% a participação da China na importação da soja brasileira.

O Japão também é um mercado em potencial, sobretudo em relação à carne bovina, já que o país também entrou na mira dos Estados Unidos.

Fonte: CNN