Brasileiros jogam pela primeira vez as quartas de final de um Mundial masculino de handebol, mas são superados pela atual campeã olímpica e tricampeã mundial
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Foi uma campanha histórica, que chegou ao fim em um inédito jogo de quartas de final no Mundial masculino de handebol. Nesta quarta-feira, o Brasil mediu forças com a Dinamarca, mas não foi páreo para a atual tricampeã mundial e atual campeã olímpica. Depois de despachar potências como Noruega, Suécia e Espanha, os brasileiros perderam por 33 a 21 em Oslo. Na sétima posição, pela primeira vez o Brasil terminou no top-8 de um Mundial, pela primeira vez se colocou entre as grandes seleções do handebol.
Goleiro com melhor aproveitamento do Mundial, Emil Nielsen fez a diferença a favor da Dinamarca e foi eleito o melhor jogador em quadra. Panda foi o artilheiro da partida, com sete gols. Também anotaram gols pelo Brasil Bryan (3 gols), Rudolph (3), Santista (3), Acácio (2), Jean-Pierre (1), Marquinhos (1) e Leandro (1).
O Brasil, que ficou fora das Olimpíadas de Paris 2024, abre o ciclo olímpico para Los Angeles com uma inédita sétima posição – foram cinco vitórias e duas derrotas. Uma colocação que garante às Américas ter um cabeça de chave no Mundial de 2027, na Alemanha, o primeiro torneio classificatório para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. Os brasileiros ainda precisam conquistar uma das quatro vagas para o Mundial de 2027 em disputa no Sul-Centro-Americano de 2026.
A Dinamarca, por sua vez, chegou a 35 jogos de invencibilidade em Mundiais e está a dois passos de um tetracampeonato consecutivo. Vai encarar na semifinal o vencedor do duelo entre Portugal e Alemanha, ainda nesta quarta, às 16h30 (de Brasília). Croácia e França fazem a segunda semi.
O jogo
O Brasil sentiu o nervosismo de um inédito jogo de quartas de final nos primeiros minutos. Thiagus Petrus sofreu uma penalidade de dois minutos logo nos primeiros segundos. O ataque brasileiro tinha muita dificuldade para furar a forte defesa dinamarquesa. Os tiros de longa distância de Haniel, Bryan e Gustavo paravam em Nielsen, melhor goleiro do Mundial. Os atuais campeões olímpicos faziam bem a transição de defesa para ataque e aproveitava alguns erros ofensivos brasileiros para disparar no placar nos primeiros 15 minutos: 10/3.
Panda e Santista entraram muito bem no jogo e deram nova dinâmica ao ataque brasileiro, que aos poucos foi tirando a desvantagem. A Dinamarca também cometeu alguns erros, inclusive quando adotou a tática de atacar com sete homens. Assim, os atuais tricampeões mundiais foram ao intervalo com vantagem de três bolas (15/12). Só contra a República Tcheca teve menor margem (12/10).
O bom momento do Brasil parou no primeiro tempo. Logo no início da segunda parcial, Santista sofreu um penalidade de dois minutos. A Dinamarca aproveitou a vantagem para deslanchar no placar (18/13). Os chutes de Bryan enfim apareceram, esboçando uma reação (23/18). Só que um erro do próprio Bryan em uma troca provocou mais um dois minutos. Os dinamarqueses não diminuíram o ritmo, anotaram oito gols seguidos (31/18) e garantiram a sétima vitória em sete jogos neste Mundial.
Fonte: Ge