A distribuição do lucro obtido pelo Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) foi concluída neste domingo (30). Neste ano foram R$ 12,7 bilhões de lucro dividido entre cerca de 217 milhões de contas que receberam o crédito e que constavam com alguma quantia em dinheiro até o dia 31 de dezembro de 2022.

A distribuição desse lucro foi definida na última segunda-feira (25) pelo Conselho Curador do FGTS, que tem a participação de entidades, representantes de empresários e Governo Federal. Em entrevista ao Jornal da Hora nesta segunda-feira (31), um dos conselheiros de MS, José Abelha Neto, presidente do Sintracom – Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil e no Mobiliário de MS, reforçou que este valor não pode ser movimentado pelo trabalhador, mas poderá fazer investimentos em imóveis, por exemplo.
“Se o trabalhador teve esse valor lá no dia 31/12, ele tem o direito dessa correção, mas quem movimentou pra trás, por exemplo, aí perde esse direito. Então é quem realmente está com os saldos nas contas até o dia 31 de dezembro de 2022”, reforçou.
Abelha enfatiza que o fundo de garantia foi criado como apoio ao trabalhador em momentos difíceis, como demissão, por exemplo. E que tem importância por auxiliar no financiamento de imóveis e que, consequentemente, gera empregos a partir dele. “Hoje o fundo de garantia além de ter esses recursos disponíveis para o trabalhador, ele ainda gera emprego através desses valores”
“Ele foi criado para que o trabalhador em uma dificuldade, em uma demissão sem justa causa, ele possa receber por uma doença que ele também tiver sofrendo, pode usar para comprar a casa própria, um financiamento e assim por diante…Então, eu vejo hoje muitos querendo largar mão de que o trabalhador receba esse dinheiro total na conta dele. Se descapitalizar o fundo de garantia, essas frentes de serviço como Minha Casa Minha Vida, ele deixa de existir e deixa de gerar emprego também”, concluiu.
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