Mulher, de 42 anos, contraiu o vírus no início de junho, na Bahia; ela está em observação e prefeitura garante que não há foco do mosquito transmissor na capital
Nesta semana, Campo Grande registrou o primeiro caso de Febre Oropouche (FO). A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informa que não há foco do mosquito transmissor na capital até o momento. O caso segue em monitoramento pela Gerência Técnica de Endemias (CVE).
O caso
Mulher, de 42 anos, residente em Campo Grande apresentou febre, dor de cabeça e dor muscular. O caso foi atendido em um hospital particular, e confirmado por exames no dia 11 de junho. A paciente segue em acompanhamento clínico, em bom estado geral, sem sinais de complicações. A mulher contraiu o vírus na cidade de Ilhéus, na Bahia, onde passava férias no início de junho.
Febre Oropouche
A Febre do Oropouche (FO) é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyaviridae, transmitido pela picada de mosquitos do gênero Culicoides, principalmente Culicoides paraensis e C.
Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:
– Silvestre: os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus.
– Urbano: Nesse ciclo, os humanos são os principais hospedeiros.
O primeiro caso no Brasil foi registrado em 1960. A doença é mais comum na região Amazônica, mas também já foram relatados casos na Argentina, Bolívia, Equador, Peru, Panamá e Venezuela. Este ano, 6.207 amostras de sangue deram positivo para a presença do vírus no Brasil, no ano passado foram 835. Junto com Mato Grosso do Sul, outros 16 estados já registraram casos da doença.
Sintomas e tratamento
Os sintomas da FO são bem parecidos com os da dengue e da chikungunya. O quadro clínico agudo evolui com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro-ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados. Os sintomas duram de 2 a 7 dias, com evolução benigna e sem sequelas, mesmo nos casos mais graves.
O diagnóstico é clínico, epidemiológico e laboratorial, e todo caso deve ser notificado às autoridades em saúde.
Não há tratamento específico para a FO. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico.
Texto: da redação, com informações da assessoria