O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Carlão Borges (PSB), estuda com equipe técnica uma estruturação para a retomada das sessões no modelo comunitário e também itinerantes deliberativas, como forma de descentralizar os atendimentos às entidades e à população. Embora alguns vereadores façam visitas e tenham gabinetes itinerantes, o presidente quer levar os ritos regimentais de uma sessão para fora do prédio oficial.
A previsão do presidente é de que entre abril e maio ocorra a primeira sessão fora do prédio da Câmara. Carlão diz que isso só não foi possível ainda por conta da pandemia do coronavírus. A ideia é que os vereadores tenham mais contato direto com moradores e entidades, como já foi realizado no passado, com sessões em escolas ou centros comunitários.
A opinião do presidente é de que de nada adianta o vereador ter uma ideia, fazer um pedido e, na verdade, a população querer outro tipo de serviço ou obra. “O vereador pode ter uma boa ideia de pedir creche, mas o cidadão quer é uma escola. Então, tudo isso pode ser melhorado com os parlamentares numa sessão comunitária. Ele não pode ficar distante do povo.”
Outra decisão da Mesa Diretora é que, quando houver algum projeto de lei em tramitação, primeiro os vereadores conversem com as entidades e instituições que serão impactadas com isso. Depois, que a sessão itinerante deliberativa possa ocorrer dentro de uma entidade que contemple o tema. “Se tiver, por exemplo, um projeto da área de educação, que esta sessão de votação ocorra no sindicato deles”, exemplifica Carlão.
O vereador também disse que a Casa de Leis precisa continuar a dar exemplo de que faz sua parte para evitar o avanço do coronavírus. “A COVID está meio que travando as coisas e estão me cobrando sobre movimentações da população aqui. Nos propusemos fazer uma gestão aberta, mas temos que pensar na saúde de todos.”
Encontro
Nesta semana ocorreu uma reunião entre vereadores, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) e técnicos da prefeitura sobre de que forma o município está se preparando para o caso de aumento ainda maior de casos de COVID-19 “Fomos lá saber como nosso município está em estoque de oxigênio, previsão de mais leitos, remédios, entre outros itens importantes. A gente sabe que a nova variante já está no Estado e se ela chegar à nossa cidade? Como estamos preparados?”
Sobre medida extrema de decretação de lockdown, Carlão diz que é contra porque impacta negativamente na economia do município. Em relação ao toque de recolher, defende que restringir a circulação de pessoas e o comércio para as 20h também prejudica nos empregos e para as empresas, principalmente do ramo de eventos e alimentação. Para ele, o ideal é manter o limite entre 23h ou meia-noite.