Com apenas quatro vagas para embarque e desembarque, rodoviária é criticada por passageiros e motoristas

Desde 2010, o Terminal Rodoviário Antônio Mendes Canale, o maior de Mato Grosso do Sul, tem gerado polêmica e dividido opiniões entre os campo-grandenses. Isso porque moradores relatam que o local onde foi construído é distante da cidade e não tem vagas suficientes para suprir a demanda do embarque e desembarque no local. 

Antigamente, o Terminal Rodoviário estava localizado no centro de Campo Grande, no bairro Amambai, porém o então prefeito Nelsinho Trad (PSD) anunciou a construção do novo prédio em uma região afastada do centro da capital. A ideia era ser um local novo e acolhedor, porém se tornou um ponto de muitos problemas aos passageiros e motoristas. 

Durante o Jornal da Hora desta sexta-feira (27), ouvintes da Rádio Hora 92,3 FM relataram que é preciso ampliar as vagas para embarque e desembarque no Terminal Rodoviário, visto que é alto o fluxo de carros que transitam no local. 

O motorista de aplicativo Walter relatou os transtornos enfrentados pela classe no embarque e desembarque de passageiros e fez um pedido para que os motoristas que trafegam pela região da rodoviária tenham consciência. 

“É um transtorno para nós. Os policiais estão lá e a gente só encosta e eles mandam sair, não dá tempo de embarcar os passageiros. Então é preciso consciência para os motoristas, até mesmo na região central, a gente não consegue embarcar e desembarcar, porque o cidadão estaciona lá e some, então é preciso consciência dos motoristas”, declarou o ouvinte.

Adriana Athaides reclama da má localização da rodoviária e chama a atenção para a falta de hotéis na região. “Essa rodoviária nova eu não gostei porque ela fica muito fora de mão e não tem hotéis por perto para quem chega de fora”, declarou.

A ouvinte Valéria frequenta a rodoviária mensalmente e observou que logo na entrada há um espaço reservado para taxistas que é pouco utilizado. Conforme ela, a área poderia ser utilizada para desafogar o embarque e desembarque no local.

“Aquele espaço para taxistas já quase saindo da rodoviária, nunca está ocupado por eles. Então poderia usar aquele espaço ali para embarque e desembarque. Todo mês minha mãe vem de Dourados para Campo Grande e todo mês a gente passa por esse transtorno”.

Para Thomas Bluma a solução é simples, mas necessita da concessão da empresa responsável pelo estacionamento privado da rodoviária. Ele sugere que tenha um tempo de tolerância no uso do estacionamento. Ele ressalta que isso poderia resolver a questão sem obras e pouco gasto financeiro. 

“Para resolver a questão poderia fazer uma passagem dentro do estacionamento, porque ele não fica lotado. Então rapidamente as pessoas poderiam passar ali e ter um tempo de 15 minutos para descer, pegar sua bagagem e ter tempo para  o motorista de aplicativo sair dali. É simples e evita a fila na entrada da rodoviária, aquele tumulto e os guardas multando”, concluiu Thomas.

A equipe da Rádio Hora entrou em contato com a Agetran – Agência Municipal de Transporte e Trânsito, para esclarecer sobre o assunto, mas até o momento não tiveram retorno. 

Texto: Evelyn Mendonça e Reuel Oliveira