Diante do aumento no número de casos notificados e internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sobretudo em crianças, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), reforça às orientações em relação aos cuidados e formas de prevenção da doença.
A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, destaca que, neste momento, é necessária maior atenção quanto às formas de prevenção, como o reforço da higiene pessoal e etiqueta respiratória, associada à vacinação.
“O uso de máscaras de proteção facial continua sendo recomendado para sintomáticos respiratórios, indivíduos com fatores de risco, em especial imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com múltiplas comorbidades”, diz.
Ela lembra ainda que o equipamento deve ser usado em situações de maior risco de contaminação, como locais fechados e mal ventilados com aglomeração, além de serviços de saúde.
Conforme boletim epidemiológico do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS-CG), nas semanas epidemiológicas de 7 a 11, que compreende de 12 de fevereiro a 18 de março, foi possível observar aumento de internações de crianças de 0 a 9 anos em decorrência de quadros de SRAG.
No ano de 2022, houve aumento nas semanas epidemiológicas de 1 a 4, que compreendeu de 02 de janeiro de 2022 a 29 de janeiro de 2022. À época, apesar da evidência do aumento de internações em crianças, a faixa etária mais prevalente foi de 60 a 80 anos ou mais.
Em relação a 2023, foram detectados 32 casos de vírus respiratórios com análise laboratorial, sendo 53% do tipo Vírus Sincicial respiratória. Outros 40,7% identificados como Rinovírus e os demais como Covid-19 e Influenza B.
O aumento dos casos de doenças respiratórias tem provocado uma sobrecarga no serviço de saúde do município. Na Urgência e Emergência houve um crescimento de mais de 30% na demanda.
De acordo com dados da Coordenadoria de Urgência (CUR), do dia 01 de janeiro a 19 de março foram registrados 291.665 atendimentos nas seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e quatro Centros Regional de Saúde (CRSs). Destes, 20% são referentes a atendimentos pediátricos, aproximadamente 56,4 mil crianças.
Com as unidades operando no limite da capacidade, a Secretaria de Saúde orienta que pais e responsáveis busquem as unidades de urgência somente em situações de maior gravidade. Quadros leves podem ser direcionados às unidades da Atenção Primária, evitando assim longas esperas por atendimento.
Atualmente, mais de 60% dos pacientes atendidos nas UPAs e CRSs são classificados como azul e verde e poderiam ter os seus casos resolvidos nas unidades básicas e de saúde da família. O município conta com 74 unidades básicas e de saúde da família espalhadas pelas sete regiões e distritos. Todas unidades fazem o acolhimento à chamada demanda espontânea, ou seja, sem a necessidade de agendamento.
Além de reforçar os quadros das unidades com a convocação de profissionais aprovados em concurso e de processo seletivo, a Sesau tem feito o encaminhamento de equipes de apoio às unidades, que são acionadas diante da necessidade. Estas equipes são designadas para atuar nas UPAS e CRSs que estejam sobrecarregadas e, consequentemente, onde há um número maior de pacientes aguardando por maior tempo. Outras medidas estão sendo avaliadas pelo município.
- fonte: CG Notícias