Com deputados candidatos, abre-se espaço para suplentes

Deputado Barbosinha concorre em Dourados e tem grandes chances de se eleger

Em Mato Grosso do Sul ao menos seis deputados disputam as eleições concorrendo a prefeitura. Em Campo Grande, os deputados estaduais Pedro Kemp (PT), Marcio Fernandes (MDB) e João Henrique Catan (PL) concorrem à cadeira do Executivo. O deputado federal Loester Trutis (PSL), por enquanto é o candidato do partido, até decisão final do Tribunal Regional Eleitoral. O vereador Vinicius Siqueira briga pela vaga.

No interior, o deputado Barbosinha (DEM) concorre à prefeitura de Dourados e Onevan de Matos do PSDB à prefeitura de Naviraí.

Supondo que eles fossem eleitos, os suplentes das coligações dos contemplados da Assembleia Legislativa assumiriam o cargo. A regra foi validada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2007.

Vamos analisar caso a caso. Se Pedro Kemp fosse eleito em Campo Grande, quem assumiria a vaga seria Amarildo Cruz que tem a vaga de 1º suplente e obteve 15.919 votos. O PT não coligou e por isso o segundo suplente é Elias Ishy de Matos do mesmo partido, que obteve 8.920 votos válidos.

Se o emedebista Marcio Fernandes fosse eleito na Capital, o 1° suplente Paulo Roberto Duarte ficaria com o cargo, já que teve 17.343 votos. No entanto, existe a possibilidade de Duarte chegar à Prefeitura de Corumbá, nesta segunda hipótese o 2° suplente do MDB que não coligou seria o vereador Loester Nunes de Oliveira que teve 9.694. Numa terceira hipótese e se Nunes for eleito a vereador e não quisesse assumir a vaga, quem entraria seria o 3° suplente Paulo Siuffi, que teve 8.649 votos.

Na hipótese em que o deputado João Henrique Catan vença, o primeiro suplente a entrar no cargo pela coligação entre o PL, PSC, DC, PRTB, PTC e PHS (atual Podemos) seria Alírio Villasanti Romero com 6.005 votos válidos.

O deputado Barbosinha foi eleito pelo DEM que estava coligado ao PSDB e ao Pros. Assim, se vencer a corrida eleitoral em Dourados a secretária de cultura Mara Caseiro do PSDB assume a cadeira, pois teve 23.813 votos e está na lista como primeira suplente. O segundo suplente é Dione Haschioka também do PSDB e teve 21.754 votos; o tucano Enelvo Felini teve 20.721 votos, ele disputa a Prefeitura de Sidrolândia.

O deputado Onevan de Matos que é do PSDB e foi o deputado mais votado da coligação com DEM e Pros, também pode vencer a eleição em Naviraí e deixar a vaga em aberto.

Supondo que Barbosinha e Onevan vençam em suas respectivas cidades, as vagas poderão ser ocupadas por Mara Caseiro e Dione Haschioka. E assim sucessivamente. Nesta coligação o vereador André Salineiro, que era do PSDB ficou como quarto suplente com 18.953 votos; Porém, em resolução do Tribunal Superior Eleitoral de 2007 ele possivelmente ficaria de fora por ter trocado de partido.

“Assim sendo, o mandato pertence ao partido e, em tese, estará sujeito à sua perda o parlamentar que mudar de agremiação partidária, ainda que para legenda integrante da mesma coligação pela qual foi eleito. (TSE. Resolução 22.580, de 30/8/2007, min. Caputo Bastos)”, diz a trecho da resolução.

A suposição final é a respeito do deputado federal Loester Trutis. Se ele conseguir efetivar a candidatura e na hipótese de vencer o pleito, quem assume a caga na Câmara Federal é Elizeu Dionísio que consta como primeiro suplente e obteve 37.073 votos válidos. Em 2018, o PSL coligou com Pros, Solidariedade, Avante, PSB, PTB, PPS e PMN.

(Texto: Andrea Cruz)

Informações do jornal O Estado Online