Mato Grosso do Sul registrou nos últimos 7 dias mais 1.407 casos de dengue e segue segunda posição no ranking nacional de Estados com maior incidência da doença. Ao todo, até a quarta-feira (27) o Estado contabiliza 37 óbitos, segundo informou a SES (Secretaria de Estado de Saúde).
Liderando o ranking de notificações no Estado está Campo Grande com 12.569 casos da doença, em seguida vem Ponta Porã com 4.682, depois Corumbá com 3.713, Três Lagoas com 3.664, Naviraí com 2.906 e Amambaí com 2.126.
Acima os mil casos ficaram São Gabriel do Oeste com 1.693, Paranaíba 1.304, Chapadão do Sul 1.188, Caarapó 1.082, Brasilândia 1.025 e Dourados 1.023. Os outros 67 municípios registraram ao menos um caso de dengue.
Das 37 mortes registradas pela doença no Estado, 23 pacientes tinham comorbidades (caso daqueles com hipertensão). Ao todo foram registradas 8 mortes em janeiro, 8 em fevereiro, 11 em março, 6 em abril e, até agora, 4 em maio.
Campo Grande teve 7 mortes, ante 4 registrada em Corumbá; 3 em Dourados e Naviraí; 2 em Chapadão do Sul, Caarapó e Mundo Novo; e 1 em Aquidauana, Bodoquena, Pedro Gomes, São Gabriel do Oeste, Costa Rica, Cassilândia, Paranaíba, Sidrolândia, Nova Andradina, Itaporã, Ponta Porã, Laguna Caarapã, Itaquiraí e Sete Quedas.
Alta incidência
Vale lembrar que, todos os municípios do Estado se encontram em alta incidência de dengue, conforme a SES. A situação é qualificada quando a presença da doença supera 300 notificações a cada grupo de 100 mil habitantes. A incidência em Mato Grosso do Sul é de 2.135.
No entanto, alguns municípios do Estado mantêm incidência ainda maior. É o caso Douradina 6.499 por 100 mil e São Gabriel do Oeste 6.324, Novo Horizonte do Sul com 6.318.
Em Campo Grande, com 12.103 notificações e 895.982 habitantes, a taxa é de 1.350,8 por 100 mil (4,5 vezes o mínimo para ser considerada de alta incidência). As menores incidências ocorrem em Terenos (325,6), Selvíria (398,2) e Aparecida do Taboado (415,6).
Faixa etária
A maioria dos casos notificados está concentrada entre mulheres (56,2% do total de pacientes). Dentre as faixas etárias, o grupo de 20 a 29 anos representa 19,53% dos doentes; o de 30 a 39 anos, 17,75%. e o de 10 a 19, 16,58%.
Também representam quantia considerável entre os pacientes de dengue aqueles com idade de 40 a 49 anos (14,35%), 50 a 59 (11,37%), 1 a 9 anos (8,32%) e de 60 a 69 anos (6,66%).
Nos extremos, os pacientes com 70 a 79 anos são 3,11% do total; os com menos de 1 anos, 1,30%; e aqueles com mais de 80 anos, 1,03%.
A Capital também é a única cidade que registra três tipos diferentes do vírus da dengue em circulação (1, 2 e 4). Em 6 municípios, estão ativos os tipos 1 e 2; em 4, os tipos 2 e 4; e em 49 apenas há circulação ativa do tipo Denv-2. Em 19 cidades não há registro de sorotipagem até o momento.