Com superlotação e sem insumos, Santa Casa suspende atendimento em Campo Grande

Foto: Madu Livramento, Midiamax

No último sábado (10), a Santa Casa de Campo Grande suspendeu temporariamente os atendimentos médicos no Pronto Atendimento Adulto e Infantil. A medida, que não tem prazo definido para encerrar, foi adotada com base no desabastecimento grave de insumos no centro cirúrgico; risco iminente de desassistência grave; e potencial risco de agravamento clínico e óbito.

Conforme a diretoria do hospital, a decisão foi tomada com base “na responsabilidade legal e ética”, que tem a “obrigação de zelar pelas condições de atendimento adequado, seguro e humanizado aos pacientes, e de intervir sempre que tais condições forem ameaçadas, inclusive por meio da suspensão parcial ou total dos atendimentos, quando justificada a incapacidade temporária de resposta do serviço”.

Portanto, neste período, mantém-se apenas atendimento aos pacientes já internados ou em estado crítico sob cuidado médico. Conforme a diretoria da Santa Casa, todas as autoridades competentes foram comunicadas sobre a situação.

“A Santa Casa de Campo Grande reforça seu compromisso com a ética, a responsabilidade sanitária e a transparência, reiterando que a medida visa preservar vidas e evitar danos irreparáveis à saúde da população, especialmente os que já estão sob os cuidados da instituição”.

Jornal Midiamax acionou a assessoria de comunicação da Santa Casa para mais detalhes. Contudo, não houve retorno até a publicação desta matéria. Por fim, o espaço segue aberto para esclarecimentos.Assim, durante o período de suspensão, será mantido, para o público adulto, apenas o atendimento de emergência da neurocirurgia e IAM (Infarto Agudo do Miocárdio) com Supra de ST, além do acompanhamento contínuo dos pacientes já internados ou em estado crítico sob cuidados da Santa Casa.

Já para o público infantil, além do atendimento de emergência de neurocirurgia, serão mantidos os atendimentos referentes às suspeitas de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), considerando a epidemia respiratória vivida em Campo Grande nas últimas semanas.

  • Fonte: MidiaMax