Corte de gastos: governo estima economia de R$ 327 bi em cinco anos; entenda o cálculo

Cálculo considera revisão de regras do abono salarial, Fundeb, DRU, subsídios e subvenções e Fundo Constitucional do Distrito Federal, entre outras medidas

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O governo estima um impacto de R$ 327 bilhões em cinco anos com o pacote de corte de gastos, de 2025 a 2030, anunciado na quarta-feira (27).

A estimativa foi divulgada nesta quinta-feira (28), durante entrevista dos ministros do governo.

O cálculo considera revisão de regras de políticas públicas, como abono salarial e crescimento real do salário mínimo 

O governo deve enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) e um Projeto de Lei (PL) ao Congresso Nacional. Para entrar em vigor, as medidas dependem de aprovação da Câmara dos Deputados e do Senado.

De acordo com a equipe econômica, a PEC deve ter um impacto de R$ 11,1 bilhões em 2025. O valor aumenta progressivamente até 2030, quando o corte deve ser de R$ 28,4 bilhões.

Já o PL representa uma economia de R$ 11,7 bilhões em 2025, com aumento progressivo até 2030, quando o impacto será de R$ 44,5 bilhões. Ao todo, as duas medidas devem desencadear redução de R$ 73,9 bilhões no gastos públicos.

O governo também propõe a limitação do crescimento das emendas parlamentares. Com essa medida, a economia será de R$ 79,9 bilhões em 2030.

Veja cada medida

As propostas estão divididas em uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que muda a Constituição, e um projeto de lei. Veja as medidas em cada projeto a ser enviado:

PEC

Fundo Constitucional do Distrito Federal: limita crescimento de acordo com a inflação

Abono salarial: limitação da faixa de quem ter direito ao abono salarial de até R$ 2.824 para até R$ 2.640

Fundeb: até 20% da complementação da União ao Fundeb poderá ser empregada em ações para criação e manutenção de matrículas em tempo integral na educação básica pública

Desvinculação de Receitas da União (DRU): prorroga até 2032

Subsídios e subvenções: ajuste orçamentário em cerca de $ 18 bilhões

Projeto de lei

  • Salário mínimo: limitação do crescimento real a 2,5%
  • Bolsa família: muda regras como atualização obrigatória para cadastros desatualizados e biometria obrigatória
  • Benefício de Prestação Continuada: vai focar em em pessoas incapacitadas para a vida independente e para o trabalho
  • Lei Aldir Blanc: mantém o repasse de R$ 3 bilhões ao ano, mas com a condição de os recursos serem executados no ano anterior
  • Biometria: obrigatória para beneficiários de programas sociais
  • Militares: acaba com a morte fictícia e transferência de pensão, entre outras medidas

Outras propostas

  • Concursos públicos: limitação e faseamento em 2025

Fonte: G1