A pandemia do novo coronavírus já fez diversas vítimas em todo o mundo. Com início em dezembro de 2019, ao todo já são mais de 2,7 milhões de mortes e mais de 124 milhões de casos até março de 2021. Com o avanço da vacinação em nível internacional, esse número tem diminuído. De acordo com o pneumologista, Ronaldo Queiroz Perches, apesar da ciência ter acelerado nos estudos para entender a doença a fim de combatê-la, não impediu o número de vítimas.
Em entrevista ao Jornal da Hora, o médico ressaltou que a politização gerada em cima da pandemia foi o maior agravante de casos. Independente de posição política, de quem está a frente ou não, poderia e deveria ter sido feito bem mais no combate. “Se nós tomarmos uma posição política, nós também iremos politizar a pandemia, então não acho que é uma questão específica de personalizar a politização. Acho que os políticos poderiam fazer muito mais pela população, especialmente oferecendo um tratamento adequado”, enfatizou.
Perches destaca que em nível municipal, estadual e federal, faltou uma melhor qualificação dos profissionais da saúde “para que conhecendo a doença, pudesse oferecer o tratamento para a covid, evitando mortes, internações e complicações no pós-covid”.
Apesar de muitos estudos a fim de comprovar a ineficácia de alguns medicamentos no tratamento da covid, o médico defende que há sim uma forma de tratamento e que é de extrema importância, principalmente nos primeiros dias de sintomas da doença. “A medicina vive da experiência, e hoje nós temos já comprovadamente mais de 19 drogas que diminuem a replicação viral nos primeiros cinco dias. Se você tem uma diminuição da carga viral, é de se supor que a doença vai ser menos grave”, ressalta.
“Eu tenho chamado a atenção para a seguinte frase: a Covid tem tratamento sim” finalizou.