CPI do Transporte ouve mais dois servidores e se prepara para fase 3

Foto: Osmar Veiga, Campo Grande News

Mais dois servidores da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande) serão ouvidos pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte, na Câmara Municipal, nesta segunda-feira (2). Os vereadores se preparam para iniciar a terceira fase dos trabalhos, que será dedicada a ouvir funcionários e dirigentes do Consórcio Guaicurus.

Serão ouvidos no plenário Edroim Reverdito os diretores de Estudos Econômico-Financeiros da Agereg, Luciano Assis Silva e Renato Assis Coutinho. Eles são responsáveis por análises das planilhas de custos, fiscalização das receitas e despesas e avaliações sobre o equilíbrio financeiro do contrato de concessão.

“Temos duas oitivas na segunda-feira e, na quarta, faremos uma reunião fechada entre os membros da comissão. Na outra semana, damos início à fase três, ouvindo funcionários e dirigentes do Consórcio Guaicurus”, explicou o vereador e presidente da CPI, Dr. Lívio (União Brasil), ao Campo Grande News.

Na última sessão, a relatora da comissão, vereadora Ana Portela (PL), anunciou que vai apresentar requerimento para convocar a secretária municipal de Finanças, Márcia Hokama, e o ex-secretário da mesma pasta, deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD). Eles deverão esclarecer os repasses de subsídios feitos pela Prefeitura ao Consórcio Guaicurus.

A decisão veio após a CPI constatar divergências nas informações prestadas pelo diretor-presidente da Agereg, José Mário Antunes. Ele afirmou, no início de maio, que os repasses de 2025 já tinham sido feitos, mas documentos enviados à comissão mostraram que os pagamentos só começaram dois dias depois da declaração.

Os vereadores também sinalizaram que vão solicitar uma assessoria contábil e jurídica independente, já que há divergências nos laudos técnicos apresentados à comissão. Enquanto um aponta uma dívida de R$ 377 milhões da Prefeitura com o Consórcio, outro, de 2019, indicava que a empresa operava com superávit.

Ainda não há data definida para ouvir Márcia Hokama e Pedro Pedrossian Neto.

Canal de denúncia – A Ouvidoria da CPI do Transporte recebeu 564 denúncias entre os dias 25 de março e 26 de maio deste ano. A maioria foi registrada por WhatsApp, com 488 mensagens. Também chegaram 41 e-mails, 32 formulários preenchidos, duas ligações telefônicas e uma denúncia presencial. O volume de manifestações reflete a participação da população e a preocupação com a qualidade do transporte coletivo em Campo Grande.

  • Fonte: Campo Grande News