De ambiente aquecido a alimentação especial, Bioparque Pantanal explica cuidados com animais em dias frios

Foto: Eduardo Coutinho

Com as temperaturas caindo e a estação mais fria do ano chegando, os animais que habitam o Bioparque Pantanal recebem cuidados diários e especiais em dias frios. Sempre focando no bem-estar das espécies, os profissionais do complexo tomam todos os cuidados para que os animais consigam passar essa fase de uma forma tranquila e segura, garantindo a saúde de todos.

Entre os cuidados para manter o clima aconchegante estão aquecedores, pedra quente e até cardápio diferenciado para manter a temperatura do corpo. Conforme explica a bióloga-chefe do empreendimento, Carla Kovalski, quando as temperaturas estão mais baixas, o cuidado deve ser redobrado, pois os animais ficam mais suscetíveis ao aparecimento de algumas doenças, além de ter uma baixa no metabolismo.

“Aqui no Bioparque nós contamos com espaços que chamamos de cambeamentos, utilizamos esses locais quando é necessário realizar algum tipo de manejo nos animais, como o que estamos fazendo nesse período em razão do frio”, explica.

Alguns dos animais do complexo têm um cuidado diferenciado, como a famosa sucuri Gaby Amarantos, os jabutis e os peixes amazônicos. No caso dos jabutis, sempre que as temperaturas ambientais estão mais baixas, eles são levados para esse espaço equipado com papelão adequado, água, alimentação, sistema de aquecimento e controlador de temperatura e umidade. “Tudo isso para que eles fiquem num local seguro e confortável”.

Foto: Eduardo Coutinho

Os simpáticos jabutis também recebem um cardápio apropriado para os dias frios, nesse período são fornecidos alimentos cozidos que irão ajudar os animais na manutenção da temperatura corporal.

Em relação a sucuri Gabi, por ser um réptil que sente calor, diferente dos mamíferos, é necessário proporcionar um ambiente aquecido para ela, para que não tenha uma troca de calor muito grande. “Seu recinto é dotado de uma pedra aquecedora de um metro por um metro, bem potente. Essa pedra faz com que todo o local fique um microambiente com uma temperatura adequada que vai interferir na temperatura da água também”, explica Carla.

A profissional ainda esclarece que muitas vezes a temperatura da água do recinto está mais aquecida do que o próprio ar, por isso que em períodos frios a cobra pode escolher permanecer dentro da água também. “O animal vai ter essa opção de escolha, de ficar na água ou no ambiente, o local mais confortável pra ele. Promovemos um ambiente com opções de escolha”.

Quando o assunto é peixe, a principal pergunta é se peixe sente frio. Na verdade, segundo a bióloga, eles sentem mudanças na fisiologia e no metabolismo, pois a temperatura da água vai ser reduzida. Algumas espécies vão ser mais sensíveis a essas baixas temperaturas e outras mais resistentes.

No Bioparque, na época da composição dos tanques, a estruturação foi pensada considerando a sensibilidade das espécies. Então, todos os peixes que estão nos tanques externos, são peixes que toleram temperaturas mais baixas e que não irão apresentar nenhum tipo de problema em relação a isso.

Já os amazônicos, que são espécies mais exigentes em relação a temperatura da água, os tanques são dotados de sistema de aquecimento que mantém a água entre 27 e 29 graus mesmo nos dias mais frios. “Dessa forma mantemos o bem-estar desses animais, pois a proposta é aproximar o ambiente artificial do ambiente natural o máximo possível. Essas espécies que estão em água mais geladas, elas passam por esse enfrentamento no habitat natural delas também”.

A diretora-geral do Bioparque, Maria Fernanda Balestieri destaca a importância do bem-estar animal e o respeito com as espécies que habitam o local. “Os considerados bons aquários são aqueles que além da manutenção da vida, prezam pela saúde e pelo bem-estar animal. Seguindo esse conceito, nós adotamos as melhores práticas que visam a qualidade, a saúde e o bem-estar, e para isso contamos com profissionais capacitados que desenvolvem protocolos específicos pra cada grupo de animais”, pontua.

Fonte: Bioparque Pantanal