De Campo Grande a Paris, Yeltsin conquista medalha de bronze no atletismo Paralímpico

O atleta conquistou a terceira medalha em Paris

O atleta conquista novo feito na carreira (Comitê Paralímpico)

O campo-grandense Yeltsin Jacques conquistou medalha de bronze no atletismo dos Jogos Paralímpicos de Paris, nesta sexta-feira (30). O atleta conquista a terceira medalha paralímpica, somando mais dois ouros de Tóquio.

Yeltsin competiu na prova de 5.000 metros, na classe T11. Yeltsin nasceu com baixa visão e conheceu o atletismo ajudando um amigo, totalmente cego, a correr. Então, começou a treinar junto com ele para competir e iniciou sua carreira nos Jogos Paralímpicos Escolares em 2007.

Em entrevista ao Comitê Paralímpico Brasileiro, o sul-mato-grossense revelou que passou muita dificuldade de saúde e, apesar disso, traz a medalha para o Brasil.

“Muito feliz pelo Júlio. Eu tive uma lesão, peguei uma virose, o que acabou atrapalhando um pouco a preparação. Mas como minha esposa disse, você ou chupa o limão azedo, ou faz a limonada. Estou com sentimento de missão cumprida”, disse Yeltsin.

Torcendo junto
Moradores de Campo Grande e do Estado celebraram junto com o atleta da nossa terra, torcendo durante a competição. Vários compartilharam nas redes sociais vídeos onde acordaram cedo para assistir à competição. Confira:

Vale lembrar que o atleta já saiu de Campo Grande otimista. Após atingir um recorde durante o Campeonato Mundial de Atletismo, em maio, no Japão, Yeltsin foi a Paris confiante na conquista de uma medalha. “A gente está muito bem para chegar e trazer a medalha de ouro para gente, se Deus quiser, até poder comemorar aqui no Mato Grosso do Sul”, disse ele ao Jornal Midiamax.

Dobradinha

O paulista Júlio César Agripino, 33, conquistou nesta sexta-feira (30) a primeira medalha de ouro do atletismo do Brasil. Ele completou a prova com o tempo de 14min48s85, novo recorde mundial e paralímpico da distância. A prata ficou com o japonês Kenya Karasawa.

Júlio foi diagnosticado com ceratocone, doença degenerativa na córnea, aos sete anos. Ele era atleta convencional do atletismo e migrou para o paradesporto por meio dos treinadores do Centro Olímpico.

  • Fonte: Jornal Midiamax