O principal índice da Bolsa de Valores destoa dos mercados de ações internacionais
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), destoa dos mercados de ações internacionais desde a conclusão das eleições de 2022.
Desde 28 de outubro — último pregão antes da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —, o Ibovespa sofreu uma queda de 4,2%. No movimento contrário, os principais índices dos países desenvolvidos e emergentes registraram alta no mesmo período.
O Dow Jones, dos Estados Unidos, subiu 2,6% até a segunda-feira 21. O Euro Stoxx 50, da Zona do Euro, avançou 8,2%. O DAX, da Alemanha, teve alta de 8,6%. E o FTSE 100, do Reino Unido, expandiu 4,7% no período.
Os principais mercados de ações dos países emergentes também tiveram alta desde 28 de outubro. O Índice Xangai, da China, cresceu 5,8%. O Kospi, da Coreia do Sul, 6,7% e o BMV, do México, 18%.
Um dos motivos para mau humor do mercado brasileiro é a iniciativa do governo eleito de aumentar as despesas públicas, com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Gastança para custear promessas de campanha do petista. O texto, que deve ser apresentado nesta semana, pode romper o limite de gastos em quase R$ 200 bilhões.
A intenção do governo é criticada por parte dos agentes do mercado. Há preocupações dos investidores com a sustentabilidade das contas públicas no longo prazo, o que também tem impactos na trajetória da dívida pública, da inflação e da taxa básica, a Selic.
- Fonte: Revista Oeste