Desmatamento: Assembleia é referência na preservação, Governo e TJ são criticados pelo Movimento Amigos do Parque

Texto por Reuel Oliveira

No último dia 08, a justiça anulou a homologação do acordo que permitia o desmatamento de áreas florestais do Parque dos Poderes para a construção de estacionamentos. A anulação foi feita após a questão não ter sido homologada pelo juiz natural a Com a decisão, a disputa judicial sobre o tema deve permanecer. 

Foto: Evelyn Mendonça

No dia mundial do meio ambiente, o Jornal da Hora desta quarta-feira (05) recebeu o ativista da causa e líder do Movimento Amigos do Complexo do Parque dos Poderes, Alfredo Sulzer. 

Durante a entrevista, Sulzer falou sobre o embate judicial a respeito da derrubada de árvores no parque e disparou contra a forma que a discussão está sendo levada. Conforme ele, apesar de existirem outras soluções, a decisão está “concentrada em duas ou três pessoas”.

“No estado existem profissionais altamente capacitados para encontrar soluções inteligentes, que sejam razoáveis, que sejam compatíveis com o que está acontecendo com as grandes cidades do mundo inteiro. Nós percebemos que isso está na mão de duas ou três autoridades que no ímpeto de autoritarismo estão querendo se sobrepor aos interesses da cidade”, ressaltou. 

Sulzer também falou a respeito de soluções variadas para a questão. O ativista destacou as obras na Assembleia Legislativa de caráter vertical, onde para evitar o desmate de uma grande área, a construção contará com três andares subterrâneos. 

“O Tribunal de Justiça desmatou três hectares há algum tempo atrás para construir seu estacionamento. Por que eles não pegam o exemplo da Assembleia Legislativa que está fazendo agora um projeto e está construindo um estacionamento subterrâneo, justamente em respeito à natureza? O TJ pode fazer a mesma coisa, há uma preguiça de trazer boas soluções. É algo imediatista”, concluiu.

Assista a entrevista na integra