Diretor-presidente da Funsat destaca criação de vagas de emprego, porém lamenta falta de mão de obra qualificada

Neste primeiro semestre de 2023, a Funsat qualificou mais de 700 pessoas, em mais de 20 cursos de qualificação, de acordo com o diretor-presidente da Fundação Social do Trabalho, Paulo da Silva. Em entrevista ao Jornal da Hora nesta quarta-feira (19), ele destacou que sobram vagas de emprego, por falta de profissionais qualificados em determinadas áreas. 

Entre as 27 capitais do Brasil, Campo Grande ocupa a 7º posição em geração de empregos, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral dos Empregados e Desempregados). 

Paulo destaca que a fundação tem trabalhado na qualificação desses profissionais, a fim de diminuir ainda mais o índice de desemprego na cidade. “Qualificar é a palavra-chave. Então andamos na contramão do resto do país, principalmente da parte de cima, Norte e Nordeste que tem tido um desemprego grande”. 

“O Poder Público tem essa função de aproximar a população que precisa do emprego às empresas que têm a vaga. Estamos saindo das quatro paredes da Funsat e indo até as empresas”, enfatizou.

Em agosto a Funsat, em parceria com o Sistema S – entidades corporativas voltadas para o treinamento profissional, dará início à Escola de Qualificação da Construção Civil. Serão 100 funcionários do sistema contemplados com cursos voltados à operação de máquinas. “São 100 funcionários que vão ser consultores. Pintor, eletricista, pedreiro, azulejista… Então estamos fazendo esse processo, a prefeitura já disponibilizou recurso e estaremos fazendo isso agora”, declarou.


Os vestígios da pandemia ainda assombram a população. Para o titular da Funsat, o país ficou estagnado durante este período, e as consequências disso são sentidas agora, quando há vagas de emprego, mas não tem trabalhador qualificado na área.

“O Brasil ficou estagnado durante esses três anos por causa da pandemia, e hoje nós vemos as grandes empresas de construção civil no desespero para arrumar esses profissionais para o mercado brasileiro. E você tem uma grande dificuldade de achar esses profissionais no mercado para Campo Grande, por isso que nós tomamos a iniciativa, junto à Prefeita Adriane de formarmos 100 profissionais nessa área para atender a capital e os aparelhos públicos”, concluiu.

Confira a entrevista na íntegra