Drones atacam refinarias de petróleo russas e causam incêndio em uma delas

Rússia acusou a Ucrânia de aumentar os ataques a alvos dentro do país

Bandeira russa sobre o muro do Kremlin | Getty Images

Drones atacaram, nesta quarta-feira (31), duas refinarias de petróleo a apenas 65-80 km a leste dos maiores terminais de exportação de petróleo da Rússia, segundo autoridades russas.

Um deles atingiu a refinaria de petróleo Afipsky na região russa de Krasnodar, causando um incêndio que foi posteriormente extinto, disse o governador Veniamin Kondratyev.

Não houve informações imediatas sobre quem lançou os drones, mas a Rússia acusou a Ucrânia de aumentar os ataques a alvos dentro do país, inclusive em Moscou na terça-feira (30).

A Ucrânia quase nunca assume publicamente a responsabilidade por ataques dentro da Rússia ou em território controlado por Putin.

Os ataques de drones se intensificaram nas últimas semanas em Moscou, oleodutos e até mesmo ao Kremlin antes de uma contraofensiva ucraniana.

A refinaria Afipsky fica a 80 quilômetros a leste do porto de Novorossiisk, no Mar Negro, um dos mais importantes portais de exportação de petróleo da Rússia.

A planta pode processar cerca de 6 milhões de toneladas (44 milhões de barris) de petróleo por ano.

A Novorossiisk, juntamente com o terminal Caspian Pipeline Consortium (CPC), traz cerca de 1,5% do petróleo global para o mercado.

No ano passado, a CPC exportou através do terminal South Ozereyevka 58,7 milhões de toneladas de petróleo, principalmente do Cazaquistão, enquanto o terminal de Sheskharis em Novorossiisk movimentou cerca de 30 milhões de toneladas de petróleo.

Outro drone caiu na refinaria de Ilsky, que fica a cerca de 64 quilômetros a leste de Novorossiisk, informou a agência de notícias estatal russa RIA, citando autoridades locais.

Segundo o site da refinaria, suas cinco unidades de processamento têm capacidade combinada de 3 milhões de toneladas por ano.

Refinarias em toda a Rússia têm sido frequentemente atacadas por drones após o início do que o Kremlin chama de “operação militar especial” na Ucrânia em fevereiro de 2022.

Fonte: CNN