A um ano e oito meses do pleito eleitoral, partidos políticos se articulam para definir possíveis nomes que irão disputar a sucessão do governador do estado Reinaldo Azambuja (PSDB) em 2022. Nos bastidores, nomes como André Puccinelli (MDB), Delcídio do Amaral (PTB), Eduardo Riedel, Nelsinho Trad (PSD), Odilon de Oliveira (PDT), Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (PSL), são cotados para o cargo.
No Movimento Democrático Brasileiro (MDB), dois possíveis nomes estão sendo aventados para disputar o governo, a Senadora Simone Tebet (MDB) e o ex-governador André Puccinelli. Em afirmação feita ao jornal Capital News, Simone Tebet (MDB), declarou que não desconsidera uma possível candidatura. “Se eu puder, sou candidata à reeleição ao Senado Federal, mas se o partido entender que o caminho é outro, meu nome está à disposição do MDB. Eu não vou negar que o partido já cogita a possibilidade do meu nome para o governo do Estado”, declarou via assessoria. Simone não esconde sua vontade em permanecer na cadeira do senado, ressaltando que o partido tem outro nome forte para o pleito, André Puccinelli. Um dos principais caciques da política, Puccinelli iniciou sua carreira em 1983 como secretário estadual da saúde e governou Mato Grosso do Sul entre 2007 e 2015.
Delcídio do Amaral (PTB), ex-senador e ex-ministro do governo Lula, avalia que ainda é cedo para considerar uma candidatura e esclarece que no momento se dedica a fortalecer o Partido Trabalhista Brasileiro, ao qual faz parte. “A minha preocupação hoje é fortalecer o PTB, consolidá-lo como um protagonista da política no estado,o desafio que eu tenho é principalmente eleger deputados federais porque isso dá força para o partido no congresso e ao mesmo tempo também cria condições para que o partido se fortaleça nos processos eleitorais e nos projetos importantes para Mato Grosso do Sul, então está muito cedo para falar sobre isso, até porque a política é muito dinâmica”, ressaltou Delcídio em entrevista a reportagem do Capital News.
Na articulação inicial a figura que se coloca como sucessora do atual governo é Eduardo Riedel, recém nomeado ao cargo de titular da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra). Riedel enfatiza que enxerga a possibilidade com naturalidade e que qualquer candidatura depende de fatores como momento político, situação dos partidos e a continuidade de programas que contribuam para a sociedade. “São inúmeros fatores, que, conjugados, vão fazer a diferença. Se houver entendimento, lá na frente, e o meu nome for de consenso para uma eventual disputa, estou preparado sim. Temos um governo com resultados excepcionais, resultados que garantem um futuro promissor para o Estado e as próximas gerações, com bases bem definidas: sólido equilíbrio fiscal, alta competitividade, capacidade de investimentos e o maior potencial de crescimento entre os estados brasileiros”, declarou à reportagem. O Secretário destacou, por meio da assessoria, que o Estado está conquistando cada vez mais espaços e posições políticas importantes que antes se restringiam aos estados da região Sudeste do Brasil.
O senador Nelsinho Trad (PSD), esclarece que no momento está focado em cumprir as demandas do senado federal, em especial as relacionadas ao Decreto do Auxílio Emergencial e a imunização contra o Covid-19, contudo Trad não descarta a possibilidade de concorrer às eleições em 2022. “Existe ainda muita água para passar até as eleições de 2022 e, há inúmeras etapas do processo eleitoral. Então, sinto-me lisonjeado por já estarem ventilando o meu nome para uma possível candidatura ao Governo de MS, estarei sim no momento certo e, se realmente for a vontade de Deus e da população, estou pronto para enfrentar esse embate. Mas, até lá, sou 100% senador de Mato Grosso do Sul, vivo intensamente as atividades parlamentares, batalhando por melhorias para os nossos 79 municípios e atendendo diariamente todos os prefeitos e vereadores”, explica o senador via assessoria.
Outro possível candidato que se considera preparado para governar MS é o Juiz Odilon de Oliveira (PDT), que em 2018 disputou o cargo. “Estou preparado para exercer qualquer cargo público político ou não. Aliás, foi essa convicção que me fez disputar o governo do Estado em 2018, obtendo, praticamente sozinho, 47,65% dos votos em segundo turno. Esse resultado, além de representar uma vitória política, representou e ainda me representa um incentivo. Ao longo do exercício de vários cargos públicos sempre zelando pelos interesses da sociedade, convivi com todos os aspectos que dizem respeito a uma administração. Isto me dá absoluta tranquilidade”, relata o ex-juiz à reportagem do Capital News. Odilon atuou em diversos cargos no judiciário, ganhando projeção nacional no combate ao tráfico de drogas como juiz federal.
Senadora Soraya Thronicke (PSL), destaca que se considera apta a governar o Estado, procurada pelo Capital News ela ressaltou que a possibilidade de candidatura ser analisada. “Sem dúvidas, governar um estado é um grande desafio. Mas acredito que, assim como cheguei ao Senado Federal, tenho condições de concorrer ao governo do MS. Tenho me dedicado ao levantamento da situação administrativa do estado, principalmente pela função de fiscalizadora que exerço como senadora. Mas, por enquanto, isso é apenas uma possibilidade que está sendo analisada”, explica via assessoria.
Conforme a Lei N° 9.504 de setembro de 1997, nenhum nome pode se declarar pré-candidato à eleição, pois é exigido antes a convenção partidária que acontecerá no ano que vem, até lá diversos outros possíveis nomes estão e serão articulados e discutidos nos bastidores dos partidos.
- Fonte: Capital News