Campo Grande terá 764 postulantes para 29 vagas de vereadores nas eleições municipais deste ano. Só da coligação de Marquinhos Trad, com oito partidos, e único que não é chapa pura, são 345. De acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em 2016 eram 704 candidatos, mas 666 ficaram aptos a concorrer.
O sociólogo Paulo Cabral afirma que o número mais elevado é devido a proibição de coligação na proporcional. “Antes havia todo um esquema de distribuir os candidatos para não inflacionar. Agora este ano quanto mais candidato maior a probabilidade de fazer um vereador. Se eu tenho uma situação onde o número de candidaturas pode ser estendido, eu pego e faço desta forma”, explicou.
Para ele os partidos terem que trabalhar sozinho leva a probabilidade de trazer mais votos é maior completando a chapa inteira. Sobre os oito partidos com o PSD ele não vê dificuldade de eleger vereadores. “Não é difícil porque não há uma relação direta entre os candidatos dos legislativo e do Executivo. Não tem grandes reflexos para este tipo de situação. Isto não vai interferir. O candidato a vereador é muito em cima do ganho, do agrado, não há correlação entre escolha de vereador e prefeito nos partidos tradicionais. Já o PT é ideológico e acontece o voto no partido”, pontua.
Paulo Cabral acredita que é elevadíssimo 29 vagas para vereador para uma cidade como Campo Grande, mas com esta quantidade só depende da pessoa. “Depende muito de como o sujeito se preparou ainda mais nesta campanha totalmente atípica com o papel das redes sociais terem papel fundamental. Muitos pré-candidatos tem promovido lives. É uma campanha totalmente diferente de tudo que se fez, então mesmo que o candidato pretenda furar as restrições não é bem visto por causa do isolamento social. É 95% nas redes. Se um candidato fizer reuniões com muita gente vai demonstrar desrespeito”, destacou.
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(Texto: Rafael Belo)
Informações do jornal O Estado Online