Em 3 dias, força-tarefa inspecionou mais de 19 mil imóveis e eliminou 1 mil focos do Aedes Aegypti

Durante os três dias de força-tarefa de combate ao mosquito Aedes aegypti realizada nesta semana, 19 mil imóveis foram inspecionados e 1 mil focos foram eliminados, atingindo 100%  da meta estabelecida no início da ação.  Os agentes percorreram de forma simultânea as sete regiões urbanas de Campo Grande concentrando os esforços, sobretudo, nas áreas com índices altos de infestação.

Conforme dados da Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), na ação, foram removidos ainda 19.217 depositos, potenciais criadouros do mosquito, como latas, garrafas, recipientes plásticos, sacolas, entre outros.

Além do chamado trabalho de manejo, os agentes atuam na orientação dos moradores, reforçando a necessidade da prevenção, considerando que 80% dos focos ainda estão localizados dentro das residências.

“As pessoas têm a falsa impressão de que o problema é o terreno báldio perto da casa dela, mas não é. O risco mesmo está dentro de casa. Portanto, o cuidado nunca é demais. Se cada um tirar uns cinco minutinhos (sic) no final de semana para dar uma olhadinha no seu quintal, certamente estará contribuindo e muito para a sua própria segurança”, reforça o assessor-técnico da CCEV, Lourival Pereira Araújo.

Dados epidemiológicos 

Os dados epidemiológicos relativos aos 15 primeiros dias do ano mostram um número significativo de notificações de suspeitas de dengue feitas ao serviço de vigilância epidemiológica. Desde o início do ano foram 284 notificações, sendo que um óbito, de um homem de 30 anos, já foi confirmado.

Além dessas ainda foram registradas três notificações de Zika Vírus e uma de Chikungunya, que ainda estão passando por processo de avaliação laboratorial para confirmar ou não as suspeitas.

Durante todo o ano de 2019 foram registrados 39.417 casos notificados de dengue em Campo Grande, sendo 19.647 confirmados e oito óbitos.

Apesar dos números expressivos impulsionados pela epidemia do último ano, o mês de dezembro fechou com aproximadamente 45% a menos de casos registrados no ano anterior.

Infestação pelo Aedes

O primeiro LIRAa (Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti) realizado no ano, divulgado nesta semana, revela que sete áreas foram classificadas com o risco de surto de doenças transmitidas pelo mosquito.

O número de áreas em alerta praticamente dobrou, em comparação com o último LiRaa divulgado em novembro do ano passado, passando de 22 para 42 áreas. Dezoito áreas permanecem com índices satisfatórios. O índice mais alto foi detectado na área de abrangência da USF Iracy Coelho, com 8,6% de infestação. Isso significa que de 233 imóveis vistoriados, em 20 foram encontrados depósitos. A área da USF Azaleia aparece em segundo com 7,4% de infestação, seguido da USF Jardim Antártica, 5,2%, USF Alves Pereira, 4,8, USF Sírio Libanês, 4,4%, Jardim Noroeste, 4,2% e USF Maria Aparecida Pedrossian (MAPE), 4,0%.