Em CPI do Ônibus, ex-diretor da Agetran diz que faltam agentes para fiscalização

Foto: Gerson Oliveira, Correio do Estado

Em sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara de Vereadores que apura irregularidades do Consórcio Guaicurus,o ex-diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande (Agetran), Janine de Lima Bruno, rebateu perguntas sobre a funcionalidade da Agência em sua gestão. 

Ao ser questionado sobre a forma que era feita a fiscalização em sua gestão, Janine afirmou que são os agentes de trânsito os responsáveis por essa questão. Porém, o número de agentes é insuficiente para fiscalizar com qualidade a cidade. 

“A Agetran é pequena para o tamanho da cidade. A quantidade de funcionários que nós temos é pequena para Campo Grande. A estrutura é pequena. Nós solicitamos novos agentes de trânsito porque a gente tem esse número de agentes muito pequeno para o tamanho da cidade”, afirmou Janine. 

Segundo ele, há muito tempo não acontece concurso público para a contratação de novos agentes, o que contribui para o fato de que não há renovação no corpo de funcionários. 

“Já foi discutido em várias reuniões junto ao município. Você precisa criar um número de funcionários, precisa ter concurso público. As pessoas estão envelhecendo dentro da Agetran, se aposentam e saem, e não entra ninguém no lugar”. 

O último concurso público para agente de trânsito para a Agetran foi realizado em 2010, que previa a contratação de 20 agentes. 

Segundo ele, o grande ganho da sua administração foi a implementação do Centro de Controle Integrado (CCI), inaugurado em 2022, um espaço que monitora e controla o trânsito de Campo Grande em tempo real, otimizando a mobilidade urbana. 

Na época, Janine afirmou que com as monitorações do CCI, as reclamações sobre o transporte público serão melhor acompanhadas, pois tudo fica registrado. 

Na sessão de hoje, Janine disse que o Centro é regido por poucos fiscais, mas que equivale ao trabalho de centenas. 

“Como eu disse no começo, a Agetran é pequena para o tamanho da cidade, o número de funcionários é pequeno para o tamanho da cidade, por isso foi vital o centro de controle integrado, que faz o trabalho de centenas de pessoas. Fiscais não são infalíveis. O sistema, sim. O ser humano pode errar, pode andar com coisa errada, pode não gostar do Consórcio, pode gostar demais do Consórcio. O sistema, não. Tudo o que acontece ele registra”. 

  • Fonte: Correio do Estado (https://correiodoestado.com.br/cidades/para-ex-diretor-falta-de-concurso-publico-faz-que-com-que-agetran/448430/)