Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul aprovaram, na sessão da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (3), o Projeto de Lei 110/2023, que concede reajuste de 5% aos servidores públicos do Estado. 

Professores estiveram presentes na Assembleia Legislativa e pediram que a proposta fosse retirada de pauta, porque ainda negociam para que a categoria seja incluída no reajuste, mas que seja de 7%. A data-base do reajuste dos professores é outubro, entretanto, a categoria pede a antecipação para maio, junto aos demais servidores estaduais. 

A professora da educação infantil, Maria Rosa Bueno afirmou que a categoria necessita da valorização, e que o governador, Eduardo Riedel (PSDB) havia firmado este compromisso com os professores. “Estamos com as salas de aula lotadas, muitas crianças, nem sempre temos as condições de trabalho coerentes com o que condiz a Lei, e essa valorização salarial precisa ser aprovada. Estamos para acompanhar e negociar com nosso governador eleito, que prometeu negociar com nossa categoria”. 

Para o deputado estadual Rinaldo Modesto (Podemos), a reivindicação dos professores é justa e precisa ser discutida com o poder Executivo. “O governo com certeza estará aberto para mais uma reunião com a Fetems, para ver se chega a um acordo. Essa é uma reivindicação antiga, e o governo tem uma carta assinada. Eu acredito que no momento oportuno ele realmente estará cumprindo essa promessa, que é um direito que eles tem”. 

Já o Deputado Estadual João Henrique Catan (PL), que votou contra a iniciativa, falou que o projeto está aquém daquilo que o estado poderia e deveria fazer: “O governo do estado de São Paulo concedeu um aumento do salário superior ao aumento do governo federal. O governador Eduardo Riedel tendo as mesmas condições financeiras no mínimo deveria seguir as propostas do presidente, então seria 9% que daria um aumento mais digno, até porque no passado em situações piores o estado forneceu 10% de aumento”, ressaltou o deputado.

A Proposta foi aprovada em primeira votação, com 18 votos a favor e dois contra, mas passará por nova sessão, e está sujeita a possíveis mudanças de acordo com a negociação entre os professores e governo.

_{Fotos: Reprodução Alems
Por Beatriz Rieger e Reuel Oliveira}