Em quase dois anos de funcionamento, o projeto Casa Rosa zerou fila de espera por consulta com mastologista, punção e biópsia de mama no Sistema Único de Saúde (SUS). Em entrevista ao Jornal da Hora nesta quinta-feira (10), o idealizador do projeto, médico mastologista e vereador Victor Rocha (PP), enfatizou que desde a inauguração, foram mais de 5.426 atendimentos, e 107 mulheres diagnosticadas com câncer de mama e que foram encaminhadas ao tratamento oncológico.
Victor Rocha destaca que além de mulheres de Campo Grande, o projeto Casa Rosa atende pacientes de todo Mato Grosso do Sul. “Nós conseguimos resolver todos os problemas da mulher relacionado à mama em um único local. Se fosse resumir a Casa Rosa em uma linha, eu falaria que é um projeto de um ambulatório de consulta única, integrado e resolutivo, onde a paciente consulta mamografia, se houver necessidade faz a biópsia, lá nós já fizemos 107 diagnóstico de câncer de mama de mulheres que estariam aguardando ainda por uma consulta ou por uma ultrassom, ou estaria na fila da biópsia”, destacou.
O que antes demorava em torno de nove meses para conseguir consulta com um médico mastologista, hoje a praticidade faz com que a paciente consiga em um só lugar diversos atendimentos, como consulta, ultrassom, biópsia, diagnóstico, entre outros. O médico relembra que quando inaugurado, havia cerca de mil mulheres na fila de espera para uma consulta, e hoje está zerado.
“Iniciamos em novembro de 2021 com o objetivo de zerar a fila de espera por uma consulta em mastologia, que demorava em torno de nove meses para a paciente conseguir uma vaga. Então nós abrimos o ambulatório com 80 vagas semanais. Durante uns quatro meses nós ampliamos para 320 vagas”, destacou.
Falta de medicamentos
Presidente da Comissão Permanente de Saúde (confirmar), o vereador Victor Rocha relembrou sobre a falta de medicamentos na capital, questão que ainda é um desafio para o executivo municipal, em especial para a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), no comando do vereador licenciado, Sandro Benites (Patriota).
No início da semana, a prefeita Adriane Lopes (PP) anunciou uma nova sede do Centro de Referência da Mulher, com o objetivo de atender a saúde da mulher, inclusive na linha materno-infantil. Victor Rocha alega não saber sobre esse projeto, e disse que vai se reunir hoje com os conselheiros da saúde para entender sobre a ação e como serão destinados os recursos para a realização.
“O recurso que é utilizado na saúde é escasso, e se você ainda usa mal, quer dizer, em vez de ajudar, atrapalha porque hoje ainda tem a falta de remédio nos postos de saúde, não tem não tem Cefalexina, não tem Ibuprofeno, remédios básicos e que a atual gestão não conseguiu atender ainda essa demanda de saúde lá no Conselho. Então isso é uma realidade triste que Campo Grande vem enfrentando e não é por falta de recurso federal porque o recurso federal vem todo mês de maneira regular”, concluiu.
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