Durante entrevista também foi abordada a responsabilidade da população nos acidentes e o Dia Nacional sem Carro
Durante a semana da bicicleta – em alusão ao Dia Nacional sem Carro – Campo Grande tem tido diversos eventos e atividades de conscientização e de reeducação no trânsito. Entre palestras e abordagens de assuntos como mobilidade urbana, metas têm sido traçadas para a cidade, como a diminuição dos acidentes no tráfego em 50%. Um dos maiores impactos dos acidentes na cidade, é a superlotação dos centros cirúrgicos.
O engenheiro civil e especialista em mobilidade urbana, Jary Castro, ressaltou em entrevista ao Jornal da Hora desta quarta-feira (20), sobre a meta da diminuição de acidentes em Campo Grande. Segundo ele, um dos impactos dos acidentes é a superlotação dos centros cirúrgicos, já que muitas cirurgias cardíacas são adiadas devido a urgência de atendimento de um motorista ou pedestre. Conforme Castro, a responsabilidade dos acidentes e da mudança no trânsito é de todos os motoristas e de quem compõe o tráfego na capital.
“As pessoas não podem culpar o poder público, a responsabilidade do é de todos nós. Não é culpa do poder público, não é culpa do corpo de bombeiros, não é culpa da Santa Casa, são pessoas que têm que tomar consciência. A nossa meta é reduzir em 50% o número de acidentes. Então nós temos que nos unir, nós temos que resolver”, disse o engenheiro.
Conforme Castro, Campo Grande está em uma situação alarmante, possui uma média de acidentes no trânsito 43% maior que a média nacional. Um dos grupos presentes nas ruas da cidade e que mais sofrem com a alta média de acidentes são os ciclistas. Segundo a diretora-adjunta da Agência de Transportes e Trânsito (Agetran), Andreia Figueiredo, dos 45 óbitos no trânsito, 31 foram de ciclistas na capital.
A diretora-adjunta ressaltou a necessidade da conscientização para a utilização de veículos. Conforme ela, durante a Semana da Bicicleta, Campo Grande pode através da reeducação dos motoristas, aprender a utilizar outras formas de transporte.
“Nessa semana a gente está abordando a questão da utilização e da conscientização das pessoas, para que se utilizem dos veículos individuais de uma forma mais consciente. Assim nós podemos aprender a utilizar outras formas de circular pela cidade, como pedestres, ciclistas e utilizando o transporte coletivo”, disse Andreia Figueiredo.
A diretora também convidou a população a usar de formas de transporte alternativas no dia nacional sem carro, na sexta-feira (22).
“Nós convidamos a todos para que deixem seus veículos de uso individual em casa e optem por andar a pé, de bicicleta, ou usar o transporte coletivo. Esse é um chamamento para que as pessoas entendam que nós devemos procurar formas alternativas de nos locomover pela cidade”, concluiu a diretora-adjunta.
Assista a entrevista na íntegra
Fotos: Evelyn Mendonça
Por Reuel Oliveira