Em visita à obra de ponte, ministros e Riedel falam em acelerar esforços

Simone, Valdez, governador e autoridades foram conferir a obra que coloca MS na Rota Bioceânica

Cintra, Riedel e Simone analisam projeto da obra da ponte sobre Rio Paraguai (Foto: Silvio Andrade)

 Com termômetro apontando 37 graus e sensação térmica de mais de 40, os ministros do Orçamento e Planejamento, Simone Tebet, e o da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o governador Eduardo Riedel e uma comitiva de autoridades visitaram no final da manhã a margem do Rio Paraguai, em Porto Murtinho, para conferir a evolução da obra de construção da ponte sobre de acesso à Rota Bioceânica. O grupo passou parte da visita sob uma tenda, mas também foi até os pilares da ponte e apontou a necessidade de acelerar os esforços para garantir a conclusão das obras até o final de 2025.

Simone apontou que a expectativa é iniciar o contorno e acesso já no mês que vem, obra incluída no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), estimada em quase meio bilhão de reais. “É uma obra mais longa, mas é uma obra que também nós faremos tudo para poder acelerar para que a gente possa cumprir o cronograma”, mencionou, em entrevista.

Segundo ela, não interessa somente ao Estado ver consolidadas as obras necessárias para a concretização da Rota, abrindo caminho para escoamento de produtos pelo Oceano Pacífico, embarcando no Chile, após atravessar o Estado, o Paraguai e a Argentina, um caminho mais curto e econômico que pelo Oceano Atlântico. “Não é para Porto Murtinho, não só para Mato Grosso do Sul, mas para todo o Brasil. Nós vamos fazer com que os produtos agrícolas do agronegócio brasileiro do Centro-Oeste, portanto estou falando do Sul de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, do Paraná, do interior de São Paulo, do interior de Goiás, se tornem mais competitivos, porque eles chegarão mais rápido no mundo asiático.”

No sentido oposto da rota comercial também haverá ganhos, comentou Simone. “Também os produtos que vêm da China para a mesa ou para casa das famílias brasileiras, ao chegar mais rápido nesse trajeto, tendem a chegar mais baratos, também. Isso é desenvolvimento, isso é geração de emprego e renda, é isso que nós queremos para o Brasil”, avaliou.

O ministro Valdez comentou que se trata de uma obra viária, mas que vai espraiar consequências em várias frentes da economia. “É importante dizer que ela começa com a infraestrutura voltada a determinados tipos de atividades na área de logística, de transporte, mas isso vai gerando centenas de outras oportunidades que vão desde os produtos de origem local, o turismo, a área de serviço. Então, isso tem um potencial de crescimento de muitas outras atividades econômicas.”

Ele apontou que há esforços da União em promover rotas de integração sul-americanas, mencionando desde as Guianas até o Rio Grande do Sul.

Parceria – Riedel comentou sobre a conjugação de esforços do Estado e da União para aperfeiçoar a logística no Estado. Conforme ele, a inclusão de BRs em obras do PAC para melhorar as condições de tráfego, no caso as BRs-262 e 267, que permitirão acesso à Rota, e investimentos superiores a R$ 1 bilhão têm papel “fundamental para um estado que cresce quase 6% ao ano, ele ajuda a dar condição competitiva para o Estado, ajuda a puxar esse crescimento”.

Ele disse considerar “significativo demais” contar com a presença dos ministros e destacou a expectativa de ver a rota já plena em 2026. A expectativa é de que a infraestrutura esteja pronta no final de 2025. “Com essa meta que a gente está trabalhando, tanto o Governo Federal quanto o que depender do Governo do Estado, não estamos medindo esforços, e todo aquele conjunto de obras que a gente vem falando está se tornando realidade.”

Ele apontou ainda o empenho local, na cidade de Porto Murtinho, para concretizar obras, as possibilidades logísticas, diante da hidrovia. O prefeito, Nelson Cintra, acompanhou o grupo, que incluiu deputados, o senador Nelson Trad Filho, secretários. Depois da visita à obra, a comitiva seguiu para o cineteatro de Murtinho, lotando o auditório. Lá conhecerão uma maquete da ponte e do acesso à Rota Bioceânica.

Fonte: Campo Grande News