O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) anunciaram na quarta-feira, 8, que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será aplicado nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021. Mais de 5,8 milhões de estudantes estão inscritos para o exame, que terá custo adicional de R$ 70 milhões por causa de medidas sanitárias decorrentes da pandemia do Coronavírus.
Em coletiva de imprensa na tarde de ontem, o ministro interino da Educação, Antônio Vogel, disse que a nova data da prova não é uma decisão “perfeita e maravilhosa para todos” os candidatos. “Buscamos uma solução técnica”, completou. A versão digital da prova, que ocorre pela primeira vez no País, será nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. E os resultados serão divulgados no dia 29 de março.
A prova, inicialmente prevista para novembro deste ano, foi adiada por causa da pandemia do Coronavírus. Escolas de todo o País tiveram atividades presenciais suspensas para evitar a propagação do vírus.
O MEC também informou na quarta a possibilidade de que seja realizado mais um Sisu, sistema que reúne vagas no ensino superior público, em 2021. Se isso ocorrer, serão três seleções no ano que vem. “Há toda uma reação em cadeia quando se define a data do Enem. Essa nota do Enem serve de critério primeiro para entrar em uma universidade pública, pelo Sisu.
Segundo Alexandre Lopes, presidente do Inep, a enquete com os estudantes não foi o único parâmetro para definição da data. “Entendemos que seria importante ouvir secretários estaduais de Educação e instituições de ensino superior públicas e privadas. Todas as informações foram levadas em consideração. Mais da metade optou por (fazer a prova em) dezembro e janeiro. Também estamos atendendo a esse público.”
Segundo o governo, o nível da prova será modificado em função das dificuldades de ensino durante a pandemia, já que os itens que compõem o teste foram elaborados antes da covid. O governo também informou que prevê gasto extra de R$ 70 milhões com a aplicação neste ano em função da pandemia – no ano passado, o exame custou R$ 537 milhões. A Covid-19 deve obrigar que a aplicação ocorra com menos estudantes em sala para evitar contaminação, o que pode elevar o número de locais de prova.
Também deverão ser fornecidos álcool em gel e máscaras.