Enfermagem de Campo Grande entra em greve por insalubridade e plano de carreira

70% dos enfermeiros cruzam os braços em UPAs e unidades de saúde da Capital

Técnicos de enfermagem e enfermeiros da prefeitura de Campo Grande entram em greve nesta segunda-feira (27). A categoria pede para a administração municipal negociação com adicional de insalubridade, enquadramento no Plano de Cargos e Carreira da categoria e implementação do piso nacional.

A deflagração do movimento grevista foi definida em assembleia da última quinta-feira (23). Os trabalhadores decidiram aguardar as 72 horas estabelecidas em lei para iniciar a paralisação dos atendimentos nas unidades de saúde de Campo Grande.

Os enfermeiros que atuam nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e outras unidades de saúde geridas pela prefeitura aderem à paralisação.

Segundo Ângelo Macedo, presidente do Sinte/PMCG (Sindicato dos Trabalhadores Públicos em Enfermagem de Campo Grande), a greve respeita a legislação e apenas 30% dos trabalhadores continuam em atividade, enquanto 70% paralisam.

“O enquadramento na carreira tinha prazo legal já vencido, era para ter ocorrido até 31 de dezembro do ano passado. Isso somado ao desgaste de uma categoria desvalorizada resultou na aprovação do nosso movimento grevista”, relata.

Uma manifestação está marcada em frente ao Paço Municipal de Campo Grande às 10h. O sindicato afirmou que uma notificação informativa foi enviada para prefeitura sobre a greve, que deve impactar o atendimento na cidade.

Prefeita diz buscar consenso

Em agenda pública na última sexta-feira (24), a prefeita Adriane Lopes (Patriota) disse que a negociação para o reajuste do teto ainda está em andamento e enxerga como um direito da categoria.

“Já houve uma primeira conversa, recepcionamos a comissão no início de janeiro com a Sesau. É um direito dos nossos servidores e vamos buscar o consenso”, afirmou.