A suspensão das aulas presenciais nas escolas públicas de Mato Grosso do Sul será prorrogada por mais um mês por causa da pandemia da Covid-19.
Segundo a secretária de Educação do Estado, Maria Cecília Amendola da Motta, será até 8 de outubro.
As aulas na Rede Estadual de Ensino (REE) estão paradas desde 23 de março deste ano, quando os primeiros casos da doença foram notificados no Estado.
De lá para cá, várias prorrogações foram feitas por conta do crescimento das notificações do novo coronavírus.
O decreto anterior, publicado no dia 28 de julho, tinha prorrogado a suspensão até o dia 7 de setembro. Por se tratar de um feriado, a publicação da prorrogação será feita hoje.
Em Campo Grande, o mesmo acontecerá na Rede Municipal de Ensino (Reme). Decreto assinado pelo prefeito Marcos Trad (PSD) prorrogou a suspensão para até 8 de outubro.
Segundo o prefeito, a Secretaria de Educação tem seguido as decisões do governo do Estado em relação ao setor.
“Nesse momento ainda falta uma série de requisitos estruturais. Nós temos o número suficiente de todos os equipamentos de proteção, mas ainda não estamos tendo condições, pelas estatísticas, de retornar às aulas neste momento”, declarou Trad.
O Correio do Estado já havia adiantado que a prorrogação seria feita em ambas as redes.
No caso da REE, são 210 mil alunos em todo o Estado, já a Reme tem 108 mil alunos entre Escolas Municipais de Educação Infantil (Emeis) e Ensino Fundamental.
Escolas públicas ficarão fechadas por mais um mês – Foto: Álvaro Rezende / Correio do Estado
Estrutura
No caso da Secretaria de Estado de Educação (SES), toda a estrutura necessária para o retorno das aulas presenciais está em processo de montagem, mas não há definição de calendário para que isso aconteça.
A REE tem 210 mil estudantes em todo o Estado e a compra dos equipamentos de proteção individual (EPIs) será feita de acordo com o número de alunos, professores e outros colaboradores que atuam nas escolas de Mato Grosso do Sul.
De acordo com a SED, a comissão montada pelo governo para tratar da volta às aulas, que reúne tanto membros da Pasta como da Secretaria de Estado de Saúde (SES), ainda pode determinar a compra de outros equipamentos.
No caso da Capital, uma comissão com vários órgãos também foi montada para criar um plano de biossegurança para o retorno desses alunos, mas não há estimativa de quando isso deve ocorrer.
Conforme a SED, a compra de EPIs já está ocorrendo, assim como a de álcool gel para distribuir em todas as 345 instituições de ensino da rede.
Volta
De acordo com o titular da SES, Geraldo Resende, a volta deverá obedecer as diretrizes do programa Prosseguir, feito pelo governo do Estado em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Conforme o programa, apenas no grau tolerável é que os municípios podem pensar na retomada das atividades presenciais das escolas, o que só foi atingido por 12 das 79 cidades do Estado.
Como ainda não há vacina ou tratamento comprovadamente eficaz contra a Covid-19, quando houver uma volta, esses alunos não deverão comparecer todos os dias nas escolas. Para isso, nas escolas com grande número de alunos por salas e de turmas por período deverá ser feita uma escala de aulas presenciais e remotas.
Atualmente, as aulas do município e do Estado são transmitidas pela internet, pela televisão ou por meio de atividades impressas disponibilizadas nas instituições de ensino.
Prosseguir
Conforme a última atualização do programa criado pelo governo do Estado, Campo Grande está no grau de risco alto para a transmissão da Covid-19.
A cidade chegou a melhorar sua posição em relação ao balanço anterior, quando estava em grau extremo. Porém, ainda falta percorrer um longo caminho para chegar no grau tolerável, em que se permite o retorno do ensino público.