Ex-muçulmana se torna missionária após ser espancada pela mãe por aceitar a Cristo

A República Islâmica do Paquistão atualmente ocupa o quinto lugar na lista de países que mais perseguem os cristãos no mundo, segundo a Portas Abertas, e o testemunho de uma ex-muçulmana que foi espancada pela mãe por aceitar a Cristo é mais uma prova dessa realidade.

Esther, cujo nome verdadeiro precisou ser omitido por razões de segurança, nasceu em berço islâmico. Ela foi educada conforme a tradição muçulmana e seguiu os passos da sua família, especialmente do seu pai, a quem buscou agradar durante vários anos.

A ex-muçulmana contou que para agradar seu pai, entrou para uma organização político-religiosa chamada Jamaat e-Islami. Se trata de um grupo extremista que prega a jihad (guerra) islâmica, por exemplo, contra os cristãos e judeus.

“Quando entrei pela primeira vez [no grupo], eles nos ensinaram a fazer tudo o que Alá ordena. Um dia… eles disseram que quem quer que dê sua vida por Alá, Alá pagará tudo isso e também seus pais irão para o céu”, disse Esther, segundo o Christian Post.

“Sempre que estavam ensinando, os mestres diziam que os cristãos são inimigos e que os judeus são nossos inimigos”, lembrou Esther. “Portanto, nos falavam que ‘temos que tornar essa Terra limpa, matando-os ou fazendo com que eles escolham entre pagar altos impostos ou se converterem ao islamismo”.

A ex-muçulmana passou vários anos da sua vida se preparando conforme a doutrina islâmica e aos poucos foi cultivando em sua mente a intenção de morrer como uma mulher-bomba. Tudo mudo apenas dois dias antes de cometer um atentado, quando ela teve um sonho.

Um sonho que libertou a ex-muçulmana

“Eu estava em um cemitério e tudo era muito escuro. Eu estava procurando uma saída para fugir da escuridão. Enquanto eu tentava sair daquele cemitério, vi uma luz aparecer”, contou a ex-muçulmana.

“E a luz tinha braços, mãos e rosto. Eu perguntei: ‘É um homem feito de luz?’. Eu nunca havia visto aquilo antes. Se fosse um anjo, deveria haver asas atrás dele, mas não havia asas, apenas um homem feito de luz”, explicou.

No sonho, ela disse que o homem dizia para ela: “Ester, vem e segue-me”, mas ela recusou a oferta por duas vezes, então na terceira vez Ele repetiu o chamado: “Minha filha, vem e segue-me”.

“Era como se Ele tivesse uma conexão com meus pensamentos. Ele começou a andar e todos os arbustos e pedras foram retirados do caminho. Eu vi a luz que iluminava o caminho. Eu comecei a seguir pelo caminho que a luz mostrava”, disse ela.

“O homem de luz então parou em frente um túmulo e disse: ‘Saia’. E a pessoa que estava naquele túmulo saiu. Eu questionei: ‘Por que você está dando vida a pessoas mortas?’ e Ele respondeu: ‘Eu sou o caminho, a verdade e a vida’. Essas palavras, eu nunca havia ouvido antes. Então pedi a Ele que me ajudasse a sair daquele cemitério”, relatou.

Ao ler a Bíblia, Esther entendeu a Verdade e aceitou a Cristo, mas ao contar sua conversão para sua mãe, ela foi espancada. (Foto: REUTERS/Saeed Ali Achakzai/Files).

Conversão

Esther se tornou ex-muçulmana com muito sacrifício. Ela compartilhou o seu sonho com uma amiga no colégio, que lhe deu uma fita cassete sobre o livro de João, da Bíblia Sagrada. Ela também conheceu um homem chamado John, que lhe falou de Jesus e explicou o seu sonho.

Ao ler a Bíblia, Esther entendeu a Verdade e aceitou a Cristo, mas ao contar sua conversão para sua mãe, ela foi espancada. Meses depois, quando seu pai também soube, contou para os membros da mesquita local e todos queriam matá-la.

Esther viveu com o medo de ser morta a qualquer momento, até decidir se casar com John, o homem cristão que havia lhe explicado o sonho. Eles precisaram fugir do Paquistão e encontraram asilo como refugiados na Malásia, aonde vivem atualmente.

Desde então ambos se dedicam a evangelizar outros muçulmanos e o testemunho de Esther circula pelo mundo. “Estamos trabalhando com comunidades internacionais do Marrocos, Irã e Iraque”, disse ela.

“Estamos trabalhando entre migrantes, refugiados e estudantes que estão aqui para estudar. Nós os convidamos para nossa casa e os hospedamos. Nós preparamos as refeições para eles. Nós mostramos que nos importamos com eles. Estamos tentando fazer uma ponte entre eles e Jesus Cristo”, conclui.

*Com informações de WILL R. FILHO/Notícias Gospel mais