Sem chuva significativa há mais de dez dias e sem previsão para os próximos dias, Mato Grosso do Sul acende o alerta para o risco de ocorrência de queimadas urbanas e incêndios em vegetação.
Na avaliação da coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Franciane Rodrigues, toda chuva se concentrou na primeira semana do mês de junho e não há expectativa de chuva para grande parte do Estado, ao menos até o dia 2 de julho.
“Só ocorrerá pancadas de chuvas entre os dias 24 a 27 de junho em municípios que fazem fronteira com Paraguai e nem assim os acumulados são elevados, no máximo 5 milímetros no período. Essa falta de chuva acende o alerta para as queimadas”, destaca.
Além do perigo das queimadas urbanas e incêndios florestais, a saúde é outro fator afetado pela poluição do ar decorrente dos incêndios, na maioria das vezes provocados pelo homem no período de estiagem.
Problemas respiratórios como, bronquite, asma, sinusite e rinite, nariz entupido, rouquidão, tosse alérgica, conjuntivite, irritação nos olhos e garganta, alergia e vermelhidão na pele, e doenças cardiovasculares, estão entre os problemas mais frequentes, e que se agravam em decorrência da fumaça.
Entre as orientações do Cemtec para minimizar os impactos estão: evitar a queimada de móveis ou lixo, não montar fogueiras próximas a vegetação, evitar jogar bitucas de cigarro no chão, molhar faixas de terra seca e manter terrenos limpos.
Mato Grosso do Sul possui desde agosto de 2019, um grupo de trabalho composto por diversas instituições e que atua durante os períodos de estiagem na prevenção e monitoramento dos focos de queimada no Estado. A sala de situação foi criada para oferecer mais segurança à população e ampliar a transparência das ações.