Superlotação, falta de macas e falta de remédios, são só alguns dos problemas enfrentados pelos pacientes campo-grandenses que vão em busca de ajuda médica na capital. O grande causador, porém, é apenas um: baixo valor de investimento.
Segundo o vereador Dr. Victor Rocha (PP), o valor reservado pelo município para a área da saúde, apesar de ser superior à média nacional, ainda não é suficiente para cobrir os custos e gerar um crescimento na categoria. Em entrevista ao Jornal da Hora desta terça-feira (20), o vereador falou a respeito da distribuição dos recursos do estado.

“Historicamente, Campo Grande investe em torno de 35% (do tesouro), e quando é pouco são 23% ou 26%, e nesses quatro primeiros meses nós tivemos um investimento de 18%, ou seja R$45 milhões por mês. O problema é que a folha salarial da Secretaria Municipal de Saúde é em torno de R$65 milhões, então o valor investido não dá nem para pagar as contas “, disse o vereador.
Para Victor Rocha, a falta de recursos é o principal causador da crise na saúde do estado, e as situações decorrentes deste problema, como as já citadas, falta de médicos para realizar o atendimento, superlotação, queda no estoque de remédios, e falta de macas só serão resolvidas após a mudança na postura de injeção de recursos por parte do Município.
“Não dá pra admitir Campo Grande com mais de 100 mil pessoas na fila de espera por consultas, exames e cirurgias. Então não podemos esperar algum recurso paliativo do Governo do Estado ou do Governo Federal, que zera algumas contas, mas não todas, por quê? Porque o município precisa ser o grande injetor de recursos na saúde pública” concluiu o vereador.
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