Entidade considera que medidas podem impactar negativamente a produção e o emprego no Brasil

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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) publicou uma nota nesta sexta-feira (14/3) em que defende o diálogo ao invés da retaliação nas negociações envolvendo tarifas de importação entre Brasil e Estados Unidos. De acordo com a entidade, as medidas já implementadas, ou anunciadas pelo governo do presidente Donald Trump podem causar um impacto negativo na produção e no emprego no Brasil.
Mesmo assim, a federação acredita que empresas e consumidores norte-americanos também devem sofrer com alterações de fornecimento e aumento da inflação interna. “Neste momento de crescente incerteza, a Fiesp apoia a opção adotada pelo governo brasileiro de priorizar o diálogo, com vistas à construção de alternativas negociadas para essa situação que prejudica ambos os países”, considera, em nota, a entidade.
A Fiesp destacou, ainda, que o momento atual exige serenidade e engajamento constante entre os setores público e privado, com o objetivo de preservar as bases do relacionamento entre Brasil e Estados Unidos, que completa 200 anos em 2025.
“Assim como fomos capazes de negociar com sucesso e buscar soluções mutuamente benéficas durante o primeiro governo de Donald Trump, o Brasil reúne as condições necessárias de alcançar um bom termo novamente, por meio de diálogo e cooperação permanentes”, completa.
Nesta sexta-feira (14/3), representantes do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) e do Itamaraty se reuniram novamente com o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer e sua equipe em videoconferência. Na pauta, está a negociação para amenizar a taxação de 25% sobre aço e alumínio brasileiro, que vigora desde a última quarta-feira (12/3). O setor de aço e alumínio e o governo federal defendem um acordo com o país norte-americano por vias diplomáticas.
Fonte: Correio Braziliense