Fila de espera por leitos tem 18 pacientes

Ontem (9), o Estado atingiu novo recorde de internados, com 725 pessoas hospitalizadas

Em Mato Grosso do Sul há 18 pacientes em fila de espera por leitos clínicos e de unidades de terapia intensiva (UTIs) para tratamento da Covid-19. Ontem, o Estado atingiu novo recorde de internados, com 725 pessoas hospitalizadas, sendo 344 em leitos de UTI e 381 em leitos clínicos.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), há sete pacientes aguardando vagas em UTI e leitos clínicos para tratamento exclusivo da Covid-19. A SES ainda informou, por meio da Coordenadoria Estadual de Regulação Assistencial, que foi notificada a existência de seis pacientes aguardando vagas de UTI Covid e de um paciente esperando por leito clínico em unidades hospitalares de Mato Grosso do Sul.  

Além deste número, a diretora-geral do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS), Rosana Leite, relata que existem 11 pacientes aguardando leitos para Covid-19 na ala vermelha do Hospital. “Nós ultrapassamos a capacidade do hospital, estamos ocupando ainda outros espaços do local, no centro cirúrgico e em salas de espera. Estamos em colapso”.

O HRMS está com 103% de lotação, e pacientes já precisam de ventilação manual (Ambu) para respirar. Segundo o boletim do hospital, do total de 118 vagas ofertadas, já 121 já estão com pacientes internados.  

Ao todo, são 725 pessoas hospitalizadas no Estado, sendo 381 em leitos clínicos (260 públicos e 121 privados) e 344 em leitos de UTI (264 públicos e 80 privados). Na segunda-feira, eram 724 hospitalizados.  

A ocupação global de leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS) na macrorregião de Campo Grande era ontem de 98%.

REMÉDIOS EM FALTA

A diretora-geral do Hospital Regional informou ao Correio do Estado que há o risco de falta de medicamentos, como sedativos, e que já há falta de antibióticos para pacientes com Covid-19 desde dezembro de 2020. “Está em falta porque não conseguimos comprar. A indústria alertou que está na capacidade máxima de produção”, disse Rosana Leite.

Em razão da pandemia, o uso de medicamentos aplicados no tratamento dos pacientes aumentou substancialmente em todo o País, enquanto a produção, mesmo na capacidade máxima, tem tido dificuldades para suprir a demanda.

Conforme Rosana, o estoque atual do Hospital Regional de sedativos dá para 20 dias. Ela ainda informou que a rede de oxigênio está quase em capacidade máxima e teme não conseguir atender todos os que precisam do equipamento. No entanto, quanto ao oxigênio, fornecedores garantiram que não há risco de falta do insumo.

  • fonte: Correio do Estado