Com a aproximação das eleições municipais de 2024, o ex-governador de Mato Grosso do Sul e presidente do diretório estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, tem trabalhado para garantir a organização do partido em todos os 79 municípios do estado.
Em entrevista ao Jornal da Hora desta segunda-feira (25), o ex-governador destacou que todos os diretórios do estado foram organizados e estruturados Segundo ele, o partido busca a participação de todos os núcleos de base, para que o PSDB possa ouvir a todos. Para Reinaldo, tudo isso é em busca da formação e motivação de novas lideranças.
“É um partido organizado e que está formando líderes. Lideranças do executivo, do Legislativo, pessoas que têm sensibilidade, que entendam que a boa política é aquela que você faz ouvindo, dialogando e conversando. Ninguém é dono da verdade, então a formação de líderes é uma meta da nossa administração”, disse o ex-governador.
Conforme Azambuja, além da formação de líderes, o PSDB tem como objetivo o diálogo e a aproximação com outros partidos. Segundo ele, além de organizações já aliadas, existe também o diálogo com outras instituições.
“A gente tem conversado com diversos partidos que estiveram na composição da eleição do (governador) Eduardo Riedel, partidos que estiveram e alguns que não estiveram. Nós recentemente estivemos com o MDB, União Brasil, Republicanos, PSB, o próprio Partido Liberal, o PP, estive com a Tereza Cristina e com Marco Aurélio, então com todos os partidos”, declarou.
Crise nos municípios
Com quase 60% dos municípios no vermelho e 20 estados na mesma situação, o Brasil tem enfrentado uma crise econômica. O ex-governador declarou que o grande causador da crise foi a diminuição da atividade econômica. Segundo ele, o Brasil está passando por uma queda no preço nas commodities, afetando assim o fluxo das receitas.
“O Brasil depende muito do agro, o setor que hoje impulsiona o PIB é o agro. A soja diminuiu de preço, milho diminuiu de preço, frango, carne bovina, celulose, a atividade de industrializados diminuiu, apesar da produção altíssima, e por que? Tem uma recessão lá fora, o crescimento dos tigres asiáticos diminuiu, a China que crescia 14%, vai crescer menos que o Brasil. Então, isso paralisou muito, e nós tivemos grandes produções, no entanto houve a diminuição de receita com a consequente queda de preços dos produtos, isso aconteceu no Brasil e aí o governante que não estava preparado sentiu”, concluiu.
Rota Bioceânica
Para Reinaldo, a inauguração da Rota Bioceânica em 2025 colocará o Mato Grosso do Sul em ligação direta com países importadores do continente asiático. Segundo ele, a Rota vai mudar o Mato Grosso do Sul de patamar.
“A Rota Bioceânica vai dar um ganho de competitividade enorme pra nós e quando ela inaugurar ela vai mudar o patamar da logística do Mato Grosso do Sul, porque nós vamos ter uma saída extremamente competitiva para levar a riqueza produzida no estado perto dos países que mais consome aquilo que nós produzimos”, concluiu.
Assista a entrevista na íntegra
Fotos: Evelyn Mendonça
Por Reuel Oliveira