Na última sexta-feira (24), aconteceu a primeira reunião entre os médicos e a direção do Hospital do Câncer Alfredo Abrão na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) de Campo Grande para debater a greve dos profissionais da saúde, entretanto nenhum acordo foi firmado entre os profissionais. A paralisação ocorre desde a última quarta-feira (22). 

O presidente do hospital, Amilcar Silva Júnior afirmou em entrevista à Rádio Hora que os valores repassados pelo governo e município não cobrem as despesas que a entidade tem com medicamentos e tratamento médico. 

Em entrevista ao Jornal da Hora desta segunda-feira (27), o deputado federal e ex-secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende (PSDB) afirmou que o problema na entidade é a gestão e sugere uma “intervenção branca” do governo de Mato Grosso do Sul a fim de resolver a situação. 

“É preciso que tenha gestões profissionais, não só dentro das secretarias municipais e estaduais de saúde, mas também nas entidades que sobrevivem com recursos públicos. Ali é um caso de gestão que precisa ser remodelada, porque recursos nós do Estado repassamos em grande quantidade”, declara. 

Sobre a ‘intervenção’, o deputado ressalta que é preciso colocar profissionais técnicos preparados para auxiliar na gestão dos principais hospitais de MS. “Eu defendo uma intervenção branca. Não é uma intervenção daquela que o Estado assuma, porque esse não é o papel do Estado, mas no sentido de colocar um quadro técnico bastante preparado pra pra ajudar a gestão desses hospitais, não só do Hospital do Câncer, mas de todos os hospitais grandes de MS, pra gente não viver nessa crônica de paralisia de greves em busca de recursos”, enfatiza.

Confira a entrevista na íntegra