Gestor afirma que, esferas públicas são pontos de estrangulamento da Santa Casa

Dr Esacheu Nascimento (centro), ,presidente sa ABCG

Por Marcelo Nunes

Contratos defasados e repasses com excesso de atrasos são fatores determinantes que colocam a Santa Casa, maior hospital do Centro-Oeste, em situação complicada.

A declaração foi dada nesta segunda-feira (27/05) por Esacheu Nascimento, presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), instituição que administra a unidade hospitalar.

Durante entrevista concedida ao Jornal da Hora (Rádio Hora-FM 92,3), comentou que,  em muitas oportunidades, motiva atraso até mesmo de salários de funcionários e a manutenção de certidões fiscais ficam prejudicadas. Para contornar a situação, a instituição é obrigada a fazer empréstimos.

Sobre a polêmica demissão de 17 médicos, integrantes do setor de cirurgia geral, no mês Abril, comentou que foi obrigado faze-lo por ser pressionado pelos profissionais, que exigiram aumento fora das condições da empresa.  “Eles colocaram a ‘faca no meu pescoço’, exigindo aumento de 80%. Não tive alternativa, a solução foi demiti-los e fazer novas contratações de médicos”.

A Santa Casa tem aproximadamente 3 mil funcionários e a folha de pagamento chega a R$ 11 milhões.

Ao ser perguntado pelo jornalista Artur Mário sobre os impactos sofridos pela Santa Casa no período que sofreu intervenção judicial, e ficou sobre a responsabilidade do Município e do Estado (2005 a 2013), fez questão de afirmar que foi a pior fase da instituição: “deixaram dívida de R$ 160 milhões, prédio degradado, dívida com fornecedores, bancos e equipamentos totalmente obsoletos”.

O Gestor afirmou que nos últimos três anos a Santa Casa mudou para melhor, não só no ambiente, mas no atendimento direto aos pacientes e na modernização da unidade hospitalar.