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Após entrar em vigor a lei que regulamenta o trabalho doméstico no Brasil, em 2015, as empregadas domésticas passaram a ter seus direitos trabalhistas garantidos pela constituição e uma melhora significativa nas condições de trabalho. A medida, no entanto, não afasta essas profissionais, em sua grande maioria mulheres, de estigmas e preconceitos, além de uma constante violação dos direitos que hoje lhes são assegurados por lei.

Na manhã da última segunda-feira (2), a deputada estadual Gleice Jane protocolou o Projeto de Lei 136/2025, com o intuito de estabelecer um dia estadual pela luta dos direitos das empregadas e empregados domésticos e promover ações educativas sobre os direitos e deveres trabalhistas aplicáveis à classe. Em entrevista ao Jornal da Hora, na manhã desta quarta-feira (4), a deputada falou sobre a relevância do dia para que a sociedade possa combater a exploração dessas trabalhadoras. 

“Esse dia tem um papel importante para a gente fomentar esse debate, ouvir essas mulheres e colocá-las nesse espaço da sociedade de valorização do seu trabalho, né? A gente escuta muito as pessoas falarem que este é um trabalho que não precisa ter o seu devido valor, por isso o custo de uma diária, de uma doméstica, ainda é mais baixo do que o custo de outras diárias em outras funções”, explica. 

Em meio há diversos ataques direcionados a deputadas e também a ministra Marina Silva, durante a entrevista, Gleice Jane (PT) também falou sobre as violências femininas sofridas no âmbito político e reforçou a importância da participação das mulheres nesses ambientes para o fortalecimento de políticas públicas destinadas ao combate da violência de gênero. “Há uma mudança na sociedade e há também uma decisão das mulheres de que a gente não vai dar nenhum passo para trás. Então essas ameaças, esses ataques, a gente vai ter que enfrentá-los. Mas eu digo pra você que não é fácil”, afirma. 

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Assista a entrevista na íntegra:

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