Após ter repercussão negativa e desagradar os consumidores, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) declarou que a isenção para produtos inferiores a US $50 dólares permanecerá ativa, em anúncio na terça-feira (18). O Ministro declarou também que para o combate ao contrabando será criado um grupo com a finalidade de estudar as práticas dos criminosos.
No dia 9 de abril o governo havia anunciado o início da taxação de impostos. O objetivo era combater a sonegação por parte das grandes empresas, diminuir o contrabando e estimular o crescimento da indústria brasileira. Na prática, lojas internacionais como Shein, AliExpress e Shopee passariam a ter impostos sobre o preço de seus produtos, o que afetaria no gasto dos consumidores e revendedores.
O Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Campo Grande, Adelaido Vila declarou que a taxação contribuiria para o crescimento da indústria brasileira. Segundo ele, os consumidores comprariam uma quantidade maior de produtos nacionais já que os preços seriam equivalentes
“A médio prazo nós teremos um aumento entre 15% a 20% da produção nacional sendo retomada, graças às taxações, sem falar que essa taxação também aumenta a condição de caixa do governo brasileiro”, enfatizou.
Na visão do economista Michel Constantino, apesar da taxação auxiliar os varejistas brasileiros e aumentar o preço das grandes lojas e revendedores, o consumidor seria o principal afetado já que o preço final dos produtos encareceria.
“O impacto maior é sempre do consumidor final. O que vai acontecer agora é que ele vai ter que escolher qual preço vale mais a pena: o site internacional, ou a empresa local. Então ele vai avaliar, é claro que o site internacional não pagando imposto sempre tem um preço menor, com a taxação, nos dois casos o consumidor vai ter que pagar um preço maior”, avaliou o economista.
Por Reuel Oliveira