Hegemonia brasileira, profecia de Diniz, superação e mais: o Fluminense campeão da Libertadores

Texto: Reuel Oliveira

O Fluminense Football Club se sagrou campeão da Copa Libertadores da América no último sábado (04). Foi a primeira vez na história que a equipe conseguiu conquistar o maior título da América do Sul, e consolidou de vez a hegemonia brasileira na competição.

Nos últimos cinco anos de torneio, apenas brasileiros conquistaram a taça. Foram duas vezes o Flamengo (2019 e 2022) e o Palmeiras (2020 e 2021) e uma vez o Fluminense (2023). Essa é a única vez na história que um país é campeão cinco anos consecutivos do torneio. Apesar disso, a Argentina segue sendo o país com mais taças, sendo 25 ao todo, seguido pelo próprio Brasil que apresenta 23.

Durante as últimas conquistas, as equipes brasileiras foram campeãs enfrentando grandes times argentinos. Em 2019, o Flamengo venceu o River Plate por 2×1 de virada, e em 2023 o Fluminense venceu o Boca Juniors também por 2×1.

Entre os heróis da taça do Tricolor das Laranjeiras, estão o goleiro Fábio, o zagueiro Nino, o volante André, os atacantes Cano e John Kennedy, mas o grande responsável pela conquista é sem dúvidas Fernando Diniz. 

O treinador foi responsável por classificar o time para a competição e fez a equipe apresentar durante o ano um futebol encantador e dominante. Em uma temporada que foi marcada pela oscilação de times brasileiros, que eram até mais favoritos que o Fluminense, a equipe mostrou força mental para superar não só os adversários, como também seu próprio mau momento. 

Entre os momentos de superação da equipe, a eliminação para o rival Flamengo na Copa do Brasil – onde os tricolores eram favoritos – é um dos destaques. Mesmo após ser desclassificado para o maior rival e enfrentar críticas da sua torcida e da mídia, o elenco se uniu ainda mais com Diniz, e criou uma casca para as situações de adversidade. 

O aprendizado foi posto à prova contra o Internacional, quando os comandados de Fernando Diniz estavam perdendo por 1×0 para a equipe gaúcha, em pleno Beira Rio. Quando tudo parecia perdido, o time não se abalou, e o técnico colocou em campo John Kennedy. A estrela do menino brilhou e aos 81 minutos o cria de Xerém empatou a partida, e aos 87 Germán Cano virou o jogo, classificando o time para a final.

Na partida contra o Boca, o Fluminense jogou da sua melhor maneira: com dominância e pressão. O time de Diniz jogou a final como se fosse qualquer jogo, e abriu o placar ainda no primeiro tempo com o artilheiro Germán Cano, que terminou a competição com 13 gols. 

Apesar do domínio, o time parou na barreira defensiva dos argentinos e sofreu o empate com gol de Advíncula, aos 72 minutos. Coube então a Fernando Diniz a obrigação de adequar a sua equipe, e mais uma vez confiar no menino John Kennedy, que a gritos de “Você vai fazer o gol do título”, marcou um golaço aos 101 minutos, foi para a torcida e entregou a taça para a nação tricolor.

O final da partida foi dos argentinos provando de seu próprio veneno, e não conseguindo transpor a muralha que Diniz formou. Após muita tensão e as expulsões do próprio John Kennedy e de Frank Fabra, o juiz soou o apito final, e a América do Sul ouviu o grito do treinador.

Os donos da América voltam a campo na quarta-feira (12) contra o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro.